Publicado em 29 de julho de 2025 às 14:42
WASHINGTON - O secretário do Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, disse que o país pode reconsiderar e isentar de tarifas comerciais de bens que não têm condições de se desenvolver em solo norte-americano, como café, cacau e outros recursos naturais. Ele não citou quais países serão beneficiados pelo fim da taxação, mas voltou a afirmar que as tarifas são necessárias para corrigir injustiças no comércio.>
Em relação ao Brasil, os Estados Unidos registram superávit comercial. Na carta em que justifica as tarifas de 50% sobre os produtos brasileiros, o presidente Donald Trump cita o processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) contra empresas americanas para justificar a decisão. O café é um dos principais produtos brasileiros impactados pelas tarifas. Em 2024, das cerca de 8 milhões de sacas do grão exportadas para os EUA, mais de 1,6 milhão eram do Espírito Santo.>
Segundo o secretário, taxas sobre produtos farmacêuticos serão anunciadas nas próximas duas semanas e serão “massivas” para empresas que não tenham fábricas estabelecidas no país.>
Em entrevista à CNBC na manhã desta terça-feira (29), o secretário também comentou os acordos comerciais alcançados por Trump. “Esses acordos normalmente levam décadas, mas Trump trabalha com tempo diferente e quer acordos feitos agora”, disse, ressaltando que o prazo final para imposição de tarifas continua sendo sexta-feira (1º).>
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Lutnick reiterou que os países precisam de maior celeridade nas negociações e abrir completamente seus mercados. “O preço para o comércio com os EUA é claro”, pontuou. Segundo ele, a decisão final sobre aqueles que conseguirão acordo ou terão tarifas automaticamente estabelecidas caberá a Trump, incluindo no caso da Índia.>
Em relação à União Europeia (UE), o secretário comemorou o acordo e, ao ser questionado, disse ainda pretender conversar com o bloco para eliminar impostos sobre serviços digitais.>
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