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Trama para matar empresário na Praia da Costa envolvia desvio de R$ 3 milhões

Denúncia do Ministério Público aponta que vítima estava desconfiada e chegou a contratar uma auditoria, mas acabou sendo assassinada

Vitória
Publicado em 09/08/2025 às 09h10
crime walace lovato
Crédito: Arte - Camilly Napoleão com Adobe Firefly

A motivação para o assassinato do empresário Wallace Borges Lovato, na Praia da Costa, em Vila Velha, envolve valores milionários. Segundo as investigações, o suposto desvio pode superar os R$ 3 milhões e teria atingido empresas da qual a vítima era sócia. Pelo crime, que aconteceu em 9 de junho, cinco se tornaram réus após decisão do Juízo da 4ª Vara Criminal de Vila Velha.

Um deles é Bruno Valadares de Almeida. Ele era diretor financeiro da empresa da vítima, que estava desconfiada das movimentações financeiras e de possíveis fraudes. Lovato chegou a contratar uma auditoria, relata a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES).

O texto ministerial informa sobre o suposto desvio praticado por Valadares. “Desconfiada, a vítima Wallace Borges Lovato contratou auditoria para apurar os fatos. Temendo ser descoberto e responsabilizado, Bruno Valadares resolveu matar a vítima, contratando, para tanto, Bruno Nunes como intermediário e organizador do crime”.

Há indícios, segundo as investigações sobre o caso, de possível utilização de notas fiscais fictícias envolvendo até mesmo empresas do próprio Valadares. Os valores obtidos neste processo teriam sido destinados à compra de bens e imóveis em variados municípios do Espírito Santo. Há indicações até de gastos com procedimentos de estética e viagens internacionais.

O que atraiu a atenção da polícia é que estas movimentações estariam acima do padrão financeiro de Valadares.

A denúncia do MP aponta que estariam envolvidos no crime as seguintes pessoas:

  • Bruno Valadares de Almeida - apontado como mandante, preso 
  • Bruno Nunes da Silva - apontado como organizador da logística do crime - foragido
  • Arthur Laudevino Candeias Luppi - apontado como motorista - preso
  • Arthur Neves De Barros - apontado como atirador - preso
  • Eferson Ferreira Alves - apontado como intermediador - preso

Prisão do diretor

Bruno Valadares de Almeida, de 39 anos, era diretor financeiro da empresa Globalsys, Foi preso no dia 12 de julho, suspeito de ser o mandante do assassinato do empresário Wallace Lovato, de 42 anos, dono da empresa.

O crime aconteceu na tarde do dia 9 de junho. Wallace foi executado com um único tiro na cabeça no bairro Praia da Costa, enquanto entrava em seu carro, na porta da empresa. 

O que dizem as defesas

O advogado Jonatas Pires, que representa Bruno Valadares, informa que já há um recurso tramitando no Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) pedindo a soltura de seu cliente.

“Em paralelo vamos aguardar a tramitação do processo para termos a oportunidade de responder a acusação alegando a inocência do meu cliente e mostrando a sua versão dos fatos”.

Leandro Cassio Mantovani é responsável pela defesa de Arthur Laudevino Candeias Luppi. Informa que, a defesa dará início, de forma imediata e coordenada, à fase de apresentação da resposta à acusação. “Bem como à formulação de pedidos de liberdade e demais medidas oportunas, assegurando o pleno exercício do direito constitucional à ampla defesa e ao contraditório”.

“Todos os atos serão conduzidos com rigor técnico e atenção às particularidades do caso, reafirmando o compromisso com uma atuação proativa e responsável, em estrita observância aos direitos do senhor Arthur Laudevino Candeias Luppi”.

A defesa dos demais acusados não foi localizada, mas o espaço segue aberto à manifestação.

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