Publicado em 23 de janeiro de 2020 às 13:36
Diversos municípios do Espírito santo registraram chuvas significativas nos últimos dias. A região Sul do Estado, principalmente as cidades de Iconha, Vargem Alta e Alfredo Chaves, ainda tenta se recuperar dos inúmeros estragos provocados pelos temporais recentes e que deixaram cerca de três mil pessoas desalojadas ou desabrigadas. >
No último final de semana, institutos meteorológicos alertaram para a probabilidade elevada de chuvas ao longo desta semana em praticamente todo o Estado, o que de fato ocorreu. A situação mais crítica estava prevista para o período entre quarta-feira (22) e sexta-feira (24). Em entrevista à Rádio CBN Vitória, o pesquisador e meteorologista do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), Geovanni Dolif, confirmou essa previsão.>
"De hoje (quinta) para amanhã (sexta) tem previsão de chuvas mais significativas, com riscos delas se intensificarem, especialmente na capital Vitória e na Região Metropolitana. Ela deve ocorrer mais à noite e na madrugada, porém pode começar já no fim da tarde. A probabilidade é elevada para chuvas intensas. Também deve chover no Sul do Estado, já também bastante afetado", salientou.>
É bom também não esperar por sol no final de semana no Estado. De acordo com os mapas climáticos do Cemaden, as chuvas deverão permanecer no sábado (25) e domingo (26).>
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"Ela continua no final de semana. Essas instabilidades estão sendo causadas por uma grande onda atmosférica que afeta boa parte do Sudeste e se estende pelo oceano, onde já existe a formação de um ciclone subtropical. Este é menos comum por ser mais quente e despejar grande volume de água. Para nossa sorte, essa chuva deve ocorrer no oceano", salientou Dolif.>
O meteorologista explicou que o grande volume de chuva que atinge o Espírito Santo se explica pelo fato de o Estado estar dentro da faixa de extensão da Zona de Convergência do Atlântico Sul. O ciclone, contudo, tem interferência no momento climático que o ES atravessa. >
"Ele (ciclone) reflete no continente, pois ajuda na formação do que chamamos de zona de convergência do Atlântico Sul. Em uma analogia simples, é como se a região fosse uma toalha de banho bem encharcada estendida desde a Amazônia até o Oceano Atlântico. Isso seria a nossa atmosfera durante o verão, que é bastante úmida. Quando ocorre a zona de convergência, é como se essa toalha fosse torcida, despejando grande quantidade de água. É esse processo que está em curso na região e deve seguir no final de semana", disse.>
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