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Mourão diz que, no lugar de Bolsonaro, vetaria fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões

Mourão diz que, no lugar de Bolsonaro, vetaria fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões

A verba, destinada para o financiamento de campanhas, representa quase o triplo do que foi usado no pleito municipal de 2020 (R$ 2 bilhões) e nas eleições gerais de 2018 (R$ 1,7 bilhão)

Publicado em 19 de julho de 2021 às 19:23

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Vice-Presidente da República, Hamilton Mourão
Vice-Presidente da República, Hamilton Mourão . (Romério Cunha/ VPR)

O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) afirmou nesta segunda-feira (19) que, se fosse sua escolha, vetaria o fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões aprovado pelo Congresso Nacional na LDO (Leis de Diretrizes Orçamentárias).

A verba, destinada para o financiamento de campanhas, representa quase o triplo do que foi usado no pleito municipal de 2020 (R$ 2 bilhões) e nas eleições gerais de 2018 (R$ 1,7 bilhão). A LDO baliza o governo na elaboração do Orçamento 2022.

"Eu vetaria", disse Mourão a jornalistas, na entrada do gabinete da Vice-Presidência.

Ele também considerou o montante aprovado pelos congressistas como exagerado.

"Acho que está exagerado, acho que é um valor exagerado. Principalmente quando há pouco nós aqui tivemos uma situação difícil no governo para conseguir fazer um rescaldo de R$ 1 bilhão para que as obras não parassem. Então aí você tem a gordura de uns R$ 3 bilhões, tranquilamente, que poderia ser melhor empregada", afirmou.

Questionado, ele declarou não saber que decisão o presidente Jair Bolsonaro – a quem cabe definir o veto ou sanção do valor do fundo eleitoral – tomará sobre o tema.

No domingo (18), depois de deixar o hospital em São Paulo onde esteve internado por cinco dias, Bolsonaro chamou de "casca de banana, uma jabuticaba" previsão de R$ 5,7 bilhões para o fundo eleitoral feita por parlamentares.

"E eu sigo a minha consciência, sigo a economia e a gente vai buscar um bom final pra isso tudo aí. Eu já antecipo R$ 6 bilhões para fundo eleitoral, pelo amor de Deus", disse.

Um eventual veto de Bolsonaro tem potencial de criar atritos com parlamentares do Centrão, grupo político que hoje dá sustentação ao governo.

Além disso, o presidente terá sobre sua mesa a tarefa de decidir se corrobora o discurso público dele e de aliados e veta o fundo inflado ou se engaveta essa retórica e atende ao desejo da maioria dos congressistas.

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