Publicado em 18 de junho de 2020 às 13:01
A dica sobre o paradeiro do ex-assessor do clã Bolsonaro Fabrício Queiroz, preso na manhã em Atibaia (SP), foi encontrada em mensagens de um celular apreendido no Rio de Janeiro pelo Ministério Público Estadual. O trabalho de inteligência para localizar Queiroz foi todo feito a partir do Rio, segundo pessoas envolvidas na operação desta manhã de quinta (18). >
À Polícia Civil paulista coube a execução da prisão. Um helicóptero do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) também foi colocado à disposição para levar Queiroz do Campo de Marte, na zona norte da capital paulista, para Jacarepaguá, zona oeste do Rio. >
Não está claro, contudo, quando o celular chegou às mãos do MP fluminense, que investiga o esquema das "rachadinhas" na Assembleia Legislativa local desde 2018. Houve diversas operações correlatas ao caso Queiroz, como aquela que quase prendeu o miliciano Adriano da Nóbrega, que acabou morto ao ser localizado pela polícia da Bahia em fevereiro. Os celulares de Nóbrega, aliás, foram apreendidos em seu esconderijo. >
Fotos da prisão de Fabrício Queiroz
Queiroz, segundo relatos disponíveis, estava havia cerca de um ano na casa do advogado de Jair Bolsonaro e de seu filho Flávio, Frederick Wassef. Em setembro, o defensor havia dito em entrevista à GloboNews que não sabia o paradeiro de seu cliente.>
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Não houve resistência por parte do ex-assessor, que conhece Bolsonaro desde 1984 e foi seu faz-tudo durante anos, até ser locado no gabinete do senador Flávio, então deputado estadual. Ele teve dois celulares e um pouco de dinheiro apreendidos.>
Na polícia paulista, a ordem é tratar o caso com naturalidade de uma operação feita a pedido do MP de outro Estado. Obviamente, o caso é altamente sensível do ponto de vista político.>
A politização já começou entre aliados do presidente em Brasília, pelo simples fato de Queiroz estar escondido no estado governador por João Doria (PSDB), adversário político de Bolsonaro e presidenciável para 2022.>
Flávio foi ao Twitter para dizer que tudo se trata de uma perseguição política, mas não apontou o dedo para ninguém.>
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