Linha de produção de tissue na unidade Mucuri da Suzano Papel e Celulose.
Linha de produção de tissue na unidade Mucuri da Suzano Papel e Celulose. Crédito: Ricardo Teles/Suzano

Fábrica de papel resiste à turbulência e mantém investimentos no Sul do ES

Suzano constrói indústria em Cachoeiro de Itapemirim, além de modernizar a unidade de celulose em Aracruz e expandir base florestal

Vitória
Publicado em 03/12/2020 às 04h50

Em dezembro de 2019, ano em que foi registrada uma baixa demanda por celulose no mercado internacional, a Suzano anunciou um investimento de R$ 933,4 milhões no Espírito Santo, sendo R$ 272,4 milhões destinados à modernização da fábrica de celulose em Aracruz, R$ 531 milhões na expansão da base florestal e R$ 130 milhões na fábrica de papel, que está em instalação em Cachoeiro de Itapemirim e deve ser inaugurada em 2021.

A empresa informou que o projeto de modernização é voltado para fábrica B, uma das três instaladas na planta de Aracruz, com a substituição de parte da caldeira, que é a estrutura responsável por gerar vapor e produzir energia elétrica.

Com isso, a Suzano pretende aumentar substancialmente a quantidade de energia produzida e vendida para linhas de transmissão. Também será instalado um sistema de cristalização para captura das cinzas liberadas.

O gerente-executivo industrial da Suzano, Fabrício José da Silva, observa que o consumo da maior parte dos produtos da empresa não foi significativamente afetado nos primeiros meses de pandemia. Ele ressalta que o setor de papéis sanitários, que concentra a maior parte das vendas de celulose, vivenciou períodos de forte alta na demanda em todo o mundo. “Cenário que se reflete nos resultados referentes ao primeiro semestre”, ressalta.

43%

CRESCIMENTO DE CELULOSE USADA NA PRODUÇÃO DE PAPÉIS HIGIÊNICOS E MÁSCARAS

Segundo o executivo, as vendas de celulose, usada na produção de papéis higiênicos e máscaras, por exemplo, cresceram 43% em relação ao primeiro semestre de 2019 e atingiram um total de 5,6 milhões de toneladas. Já as vendas de outros tipos de papéis (como os utilizados para imprimir e escrever), por outro lado, encolheram 12% no mesmo período de comparação, totalizando 503 mil toneladas.

Fabrício José da Silva,

Gerente-executivo industrial da Suzano

"Com a retomada gradual das atividades no cenário mundial, considerando as recomendações das autoridades de saúde, a Suzano conseguiu dar continuidade aos projetos e investimentos previstos. Entre eles está uma nova unidade, localizada em Cachoeiro de Itapemirim, que realizará a conversão de bobinas de papel (produzidas em Mucuri, no sul da Bahia) em fardos de papéis higiênicos"

Desde o início da pandemia, a Suzano priorizou a saúde e segurança dos colaboradores, familiares e parceiros e a manutenção dos empregos (diretos e indiretos). Para reforçar o combate à propagação do vírus, foram suspensas viagens, cancelados ou postergados eventos, ampliada a prática de home office nas unidades e o reforçados os protocolos de higienização.

“Os procedimentos adotados demonstraram eficiência na proteção, permitindo que a empresa pudesse assegurar o abastecimento dos produtos, ainda mais essenciais neste período. Pelas características dos nossos produtos, destinados a itens como papel higiênico e papel toalha, máscaras e fraldas, embalagens de medicamentos e alimentos, por exemplo, havia uma enorme responsabilidade com a continuidade das operações”, destaca.

A Gazeta integra o

Saiba mais

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.

A Gazeta deseja enviar alertas sobre as principais notícias do Espirito Santo.