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Vila Esperança: moradores resistem à reintegração de posse em Vila Velha

Publicado em 09/09/2025 às 09h08
Começa reintegração de posse na Vila Esperança
Começa reintegração de posse na Vila Esperança Crédito: Fernando Madeira

A reintegração de posse da Ocupação Vila Esperança, em Vila Velha, acontece nesta terça-feira (9), sob forte esquema de segurança. Equipes do Batalhão de Missões Especiais (BME) da Polícia Militar (PM), viaturas da corporação e um helicóptero cercam a região, localizada entre os bairros Jabaeté e Normília da Cunha, na Grande Terra Vermelha. A área pertence a uma empresa privada e é alvo de disputa judicial desde 2019. A decisão que autoriza a desocupação foi expedida pela 6ª Vara Cível de Vila Velha em agosto e referendada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Moradores resistem em deixar suas casas, segundo liderança comunitária.

Líderes comunitários afirmam que moradores estão apreensivos. “A polícia já rondou a comunidade ontem. Nossa comunidade não tem preparo para uma grande resistência, mas muitos moradores não querem sair de forma alguma”, disse Adriana Paranhos, conhecida como Baiana. A ocupação, segundo estimativas da comunidade, abriga mais de 700 famílias. O governo do Estado e a prefeitura anunciaram, na semana passada, um aluguel social de até R$ 3,6 mil por família.

Para o advogado que representa as famílias, Robson Lucas, a ação evidencia falhas na política habitacional. “A decisão foi mantida pelo STF, mas a gestão municipal falhou em apresentar alternativas dignas para todas as famílias. O auxílio anunciado não cobre a realidade de quem vive aqui, e a prefeitura revogou um decreto de desapropriação que poderia ter dado segurança às famílias”, afirmou. Moradores prometem novos protestos caso não haja negociação e temem que a reintegração resulte no despejo de centenas de pessoas sem destino definido.

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