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Ponto de virada do ES foi ter a responsabilidade fiscal como meio e não como fim, diz Casagrande

Ponto de virada do ES foi ter a responsabilidade fiscal como meio e não como fim, diz Casagrande

Em palestra de encerramento da 20ª edição do Pedra Azul Summit, evento da Rede Gazeta,  o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, falou sobre a evolução das contas públicas do Estado

Publicado em 18 de outubro de 2025 às 14:45

Pedra Azul Summit
Governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, encerrou ciclo de palestra do Pedra Azul Summit 2025 Crédito: Carlos Alberto Silva

Apresentando um panorama atual do Espírito Santo e as estratégias para ampliar o desenvolvimento local, o governador Renato Casagrande fechou o ciclo de palestras do Pedra Azul Summit 2025, evento da Rede Gazeta, que completou 20 edições, reunindo líderes empresariais e políticos para debater o futuro do Estado e do país.

No painel Espírito Santo: Oportunidades e Desafios, Casagrande celebrou a virada conquistada pelo Estado, deixando para trás problemas do passado. Ele destacou como a gestão fiscal foi essencial para acelerar os investimentos ano a ano.

“Nossa grande virada foi compreender que responsabilidade fiscal é o meio e não o fim. A gente economiza, tem controle de gasto, e todo dia observa como está a despesa para poder fazer mais investimentos e ofertar mais serviços”, afirmou o governador do Espírito Santo.

Casagrande lembrou que é a disciplina fiscal que garante ao Espírito Santo a nota máxima A+, do Tesouro Nacional, classificação que indica a saúde das contas públicas, facilita acesso a financiamentos e contribui para a atração de novos investimentos. 

A mudança de paradigma fiscal se traduziu diretamente em um crescimento exponencial dos investimentos públicos, aponta Casagrande. Em 2019, o investimento direto do Tesouro era de R$ 1,37 bilhão e, em 2024, atingiu R$ 4,2 bilhões. Nos oito anos de governo, a previsão é alcançar cerca de R$ 30 bilhões em investimentos públicos. 

O governador enfatizou que o Espírito Santo investe 20% de sua receita, enquanto, na média dos Estados brasileiros, esse patamar é de 7%. "Onde você andar Espírito Santo, vai tropeçar numa obra do governo" garantiu.

Além disso, o Estado se tornou o único no Brasil a ter um Fundo Soberano, com R$ 2,2 bilhões reservados para o futuro, sendo R$ 1 bilhão já destinado à poupança intergeracional.

O governador Renato Casagrande participou do Pedra Azul Summit e destacou a importância das informações do evento para projetar o futuro do ES.

Digitalização de serviços

Para Casagrande, outro fator determinante na guinada capixaba foi a adoção massiva de tecnologia e a digitalização dos serviços públicos. Ele relembrou que seu primeiro governo (2011-2014) era um governo analógico, com tudo tramitando no papel.

Ao retornar em 2019, o cenário era outro, e o governo precisou se adaptar completamente à nova realidade tecnológica. "Vivenciamos uma transformação. A gente se adequava a essa realidade ou morria literalmente politicamente", afirmou.

O governador lembrou que, atualmente, o Estado utiliza inteligência artificial e plataformas digitais para ofertar serviços de maneira mais ágil e amigável para as pessoas. Na Saúde, por exemplo, o governo realiza consultas por videoconferência em todos os 78 municípios e utiliza comunicação por WhatsApp para campanhas de multivacinação. Mais da metade dos cerca de 600 serviços do Estado já estão em uma plataforma de inteligência artificial, segundo Casagrande.

Redução da violência

A segurança pública, historicamente um ponto de vulnerabilidade, também passou por uma profunda transformação, afirmou o governador. Ele lembrou que, em 2011, o Espírito Santo era o segundo Estado mais violento do Brasil, com sete cidades entre as 35 mais violentas, e chegou a registrar 2.034 homicídios em 2009.

Na análise do governador, os investimentos em segurança pública e a criação do programa Estado Presente tiveram papel essencial para reverter essa trajetória.

“Estamos investindo forte em tecnologia. Desde que passamos a usar a biometria facial, já prendemos 460 pessoas que tinham decisão judicial para serem presas. A gente usa biometria facial, leitura de placa de veículos e trabalha muito na Polícia Civil para poder alcançar os criminosos na área financeira. A inteligência artificial é utilizada na segurança pública. Implantamos 40 torres de segurança com essa tecnologia”, afirmou.

Os dados demonstram a queda acentuada nos indicadores de violência: em 2024, os homicídios caíram para 852, uma queda histórica. Na projeção de Casagrande, se o ritmo for mantido, o ano de 2025 deverá ter menos de 800 homicídios - informação antecipada pela coluna Vilmara Fernandes. 

Dessa forma, a expectativa é que o Espírito Santo, que registrou em 2024 a menor taxa de mortes em 29 anos, possa fechar 2025 entre os Estados mais seguros do Brasil.

Casagrande acrescentou que o Espírito Santo está em um momento de desenvolvimento em várias áreas, destacando o fato de ser o quarto Estado que mais cresce em turismo no país.

E concluiu sua participação afirmando que a virada capixaba só começou. Para ele, o legado mais importante é que a sociedade capixaba resolveu reagir e precisa manter esse caminho de desenvolvimento.

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