Publicado em 12 de fevereiro de 2021 às 11:03
- Atualizado há 5 anos
Os contratos de aluguel no Brasil são regidos pela Lei do Inquilinato. Quem aluga imóvel por meio de uma imobiliária sabe que são necessários vários documentos para saber se a pessoa está financeiramente apta a arcar com os custos. Além disso, ainda é necessária uma garantia locatícia para evitar inadimplência. Mas, principalmente em bairros periféricos e no interior, é muito comum que essa burocracia seja resumida em apenas uma conversa. >
O advogado especialista em Direito Imobiliário Carlos Augusto Motta Leal afirma que a lei contempla essa forma de negociação. No entanto, de acordo com ele, a segurança jurídica está no contrato feito de forma escrita e elaborado da maneira mais segura possível, de acordo com a legislação. Isso significa que algo no papel, registrado em cartório, é muito mais fácil de provar qualquer coisa, caso seja necessário.>
Roberto Merçon, advogado também especialista em Direito Imobiliário, explica que nesses “contratos verbais” é muito difícil de provar qualquer acusação. “Em uma ação judicial, será a sua palavra contra a da outra pessoa”, destaca.>
Um exemplo é no caso de inadimplência. Motta Leal pontua que, mesmo que o contrato verbal tenha seu valor, é muito mais difícil de cobrar. “Os contratos bem elaborados, como uma assessoria jurídica, têm garantia locatícia, como fiador, e isso evita dívidas.”>
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A Lei do Inquilinato é base inclusive da estipulação do aluguel, não podendo usar nem moeda estrangeira nem o salário mínimo como base da cobrança. Nessas locações informais é mais difícil exigir que a legislação seja cumprida em sua plenitude. “Esses contratos verbais são fadados ao insucesso. Não tem como estabelecer prazos nem forma de reajuste do aluguel”, ressalta Merçon. >
Motta Leal explica ainda que nessa legislação estão previstos todos os direitos e deveres de ambas as partes, mas como o contrato não é físico, é difícil de assegurar todos eles. “O caminho melhor é a assessoria jurídica com imobiliárias e advogados”, finaliza.>
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