Pix e PicPay para pagar Transcol? Leitores debatem projeto de lei

Proposta que tramita na Assembleia Legislativa sugere que ônibus da Grande Vitória passem a aceitar aplicativos para pagamento da tarifa dentro dos coletivos

Publicado em 19/07/2021 às 16h47
Bilhetagem eletrônica no Transcol: usuários reclamam dos poucos postos para aquisição do cartão
Bilhetagem eletrônica no Transcol: usuários reclamam dos poucos postos para aquisição do cartão. Crédito: GVBus

Um projeto de lei que tramita na Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) propõe que serviços de transporte público da Grande Vitória passem a aceitar meios eletrônicos de pagamento, como Pix e Pic Pay, inclusive no interior dos coletivos. A informação foi divulgada no último dia 17, pela coluna de Leonel Ximenes.  

De autoria do deputado Bruno Lamas (PSB), o PL 325/2021 foi lido em sessão da Ales do dia 12 e refere-se ao transporte coletivo urbano municipal de passageiros de CariacicaSerra Viana e ao intermunicipal metropolitano de passageiros da Região Metropolitana da Grande Vitória, integrado Sistema Transcol. No momento, aguarda os pareceres das comissões de Justiça, de Cidadania, de Mobilidade Urbana e de Finanças. 

“Atualmente, o passageiro que sobe no ônibus só pode pagar com o cartão da GV, do tipo Cidadão (Pague Fácil). Para adquirir, o cidadão tem de se dirigir a um dos pontos de atendimento do GV Bus com R$ 10 para ser convertido em crédito. Se ele não tem o cartão no ônibus, é obrigado a descer do veículo”, comentou o deputado, por meio de sua assessoria.

Neste mês, a Ales aprovou outra proposta de autoria de Bruno Lamas (PL 241/2021) que libera o pagamento do pedágio na Rodovia do Sol e na Terceira Ponte com uso de aplicativos e cartões de crédito e débito. Esse projeto agora aguarda posicionamento do governador Renato Casagrande, que pode sancioná-lo ou vetá-lo, total ou parcialmente.

Nas redes sociais de A Gazeta, o pagamento da passagem nos coletivos com transações eletrônicas levantou intenso debate. Parte dos internautas comemorou a proposta, por considerar que os usuários do Sistema Transcol ficaram reféns da bilhetagem eletrônica, que ainda possuiria poucos postos de venda. Já outros apontam que a utilização de celulares no interior dos coletivos para pagar a tarifa pode criar filas, sobretudo nos horários de pico, e favorecer a ação de ladrões. Confira alguns comentários:

Ótima ideia. A gente agora fica refém do cartão da GVBus. Quando você recarrega, normalmente só atualiza o saldo no dia seguinte e você fica sem poder usar. Já que eles não vão mais aceitar dinheiro, têm que pelo menos dar outras opções de pagamento além do cartão de passagem. (Hélia Karla Ávila)

Seria ótimo, mas trabalho em supermercado e várias vezes a pessoa trava o caixa porque a internet está ruim ou o próprio sistema está lento. O motorista vai ter que esperar para continuar a viagem? São ótimas opções, mas tudo tem que funcionar sem falhas, né? (Jackeline Lopes Maciel)

Parabéns pelo projeto. Já vi pessoas de outros lugares que não conseguiram usar o transporte aqui. (Sueli Vargas)

Sinceramente isso não vai dar certo. Imagina isso no horário de pico, com ônibus lotado e a pessoa tendo que digitar a senha do Pix ou do Picpay. (Rafaela Vieira)

Pra colocar um cartão no sensor o povo já faz hora. Procuram o cartão e ficam agarrados na roleta, atrapalhando o fluxo. Transações bancárias, então, eles vão ligar a internet, abrir o app etc. etc… Mas para muitos que têm senso vai ser ótimo. Vai ajudar muito e evitar constrangimentos quando o cartão der recusado, como já aconteceu comigo. (Gy Vila Moreira)

Seria uma boa ideia, se não houvesse tantos assaltos no busão. Aí o cidadão está lá com seu celular, fazendo um Pix ou com o Picpay aberto para pagar a passagem e pá... o ladrão leva seu celular com o aplicativo aberto, abrindo margem e facilitando para o ladrão! (Carla Suave Da Rós)

Estão fazendo de tudo para os cobradores não voltarem. Os ônibus novos já vieram sem a cadeira de cobrador, agora o Bruno Lamas vem com esse projeto. Ele tem o dele garantido por quatro anos. Isso é Brasil. (Gilberto Neto)

Já era tempo, né, gente? Pelo amor… esse negócio de não ter mais trocador para pagar em dinheiro e você ter que ir ao terminal para recarregar cartão é um caos. (Carla Corrêa)

Já que acabaram com os cobradores, é necessário oferecer uma alternativa para quem usa o transporte público eventualmente e não possui o cartão. (Zeca Oliveira)

Parabéns, deputado, pela iniciativa... Temos que nos adequar às novas tecnologias. Elas vieram para facilitar a vida do cidadão. (Carlos Freitas Ribeiro)

Seria melhor cartão de débito. Celular, os bandidos não podem nem ver que roubam. (Sarah de Jesus)

O cartão vai continuar, só vão dar mais opções para você pagar. É muito ruim você ter que ir a determinado lugar para ter que comprar crédito para o cartão, que demora três dias para debitar. Isso é atraso de vida. (Cleidyson Luzilene Amorim)

Superválido! Não se pode mais pegar ônibus no desespero sem o bendito cartão... Não dá pra pagar em dinheiro. (Flavia Smith Lacerda)

Tudo que os bandidos estão esperando, mais oportunidades para roubar os trabalhadores. (Joana Coquetto)

Podiam mesmo era se preocupar com o número de ônibus e a superlotação, com a construção e integralização do transporte aquaviário, em dar dignidade e segurança para o trabalhador que usa o Transcol diariamente... Mas esses políticos têm preguiça e querem ser moderninhos e digitais. (Rodrigo Motora)

Já passou da hora, já que o aplicativo de recarga leva três dias para ser creditado no cartão. Nunca vi isso... faz recarga on-line e somente três dias depois se consegue usar. (Evandro Araujo)

Esse projeto vai ajudar muito. Tecnologia e modernidade no Transcol. (Lia Barros)

Tem gente que já demora uma eternidade pra passar na roleta, imagina se for fazer Pix. (Márcio Alfaz)

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