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Publicado em 19 de junho de 2024 às 17:12
Após ter ficado apenas dois meses como presidente do PDT no Espírito Santo, o advogado Sergio Eduardo Correa Vidigal, o Dudu Vidigal, que é filho do atual prefeito da Serra, Sergio Vidigal, quadro histórico da legenda, reafirmou à reportagem de A Gazeta, nesta quarta-feira (19), que decidiu deixar o comando da sigla. Segundo ele, o motivo da saída foi o fato de não concordar com o principal projeto político pedetista nas eleições municipais deste ano: a confirmação de Weverson Meireles como candidato a chefe do Executivo serrano.>
A saída de Dudu da presidência do PDT, há pouco mais de uma semana, causou surpresa no meio político. O susto foi provocado, especialmente, pelo fato de o advogado ter tornado pública sua insatisfação com a aposta do partido no nome de Weverson como pré-candidato a sucessor de Vidigal na cidade. O filho do prefeito da Serra garante ter relação de respeito com o pai, mas garante que possui opinião própria. E sustenta que seu posicionamento não é algo pessoal contra o pré-candidato.>
"O meu questionamento se refere unicamente à questão da competitividade, por se tratar de um nome novo na cidade. Não tenho nada contra o Weverson. E, inclusive, acho que isso do nome novo pode mudar, uma vez que a cidade também pode entender por algo fora da alternância Audifax Barcelos (ex-prefeito da Serra) x Vidigal", frisa Dudu, que continua filiado ao PDT.>
Questionado se sua decisão de deixar a presidência do PDT em meio ao período de pré-campanha, com uma pré-candidatura que visa à sucessão do próprio pai no comando da Prefeitura da Serra em andamento, teria repercutido na relação com sua família, Dudu Vidigal voltou a reforçar que sua opinião não interfere na relação que mantém com Sergio Vidigal.>
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"As pessoas, às vezes, podem me considerar uma extensão do meu pai, mas tenho as minhas opiniões. Isso também não quer dizer que eu não o respeite. Amo o meu pai", afirma.>
A pré-candidatura de Weverson Meireles à Prefeitura da Serra, como o nome do PDT e pupilo de Vidigal, tem gerado algumas especulações no mercado político.>
Há atores que acreditam que até as convenções, previstas para começarem em 20 de julho e irem até 5 de agosto, quando as candidaturas deverão ser registradas, a atual configuração da chapa majoritária pedetista mude, inclusive com o atual prefeito encabeçando a composição, tendo Weverson como candidato a vice. Porém, Vidigal voltou a dizer, na terça-feira (18), que não há "a mínima chance" de ser candidato, em entrevista à colunista Letícia Gonçalves.>
Dudu Vidigal confirma a decisão irredutível do pai. "Não tenho participado desse processo (de construção de chapa e candidaturas), mas, pelo que conheço do meu pai e por saber que é um homem de palavra, acho muito difícil ele voltar atrás nessa decisão", destaca. >
Com a saída de Dudu Vidigal da presidência do PDT capixaba, o diretório nacional da legenda instituiu, na última sexta-feira (14), uma Executiva provisória, com validade até dezembro deste ano, cuja presidência foi atribuída a Sergio Vidigal. Antes de Dudu, quem presidia a sigla no Estado era Weverson Meireles.>
Um dos membros da diretoria do partido afirmou à reportagem, nesta quarta-feira (19), que a ideia é que o diretório provisório fique ativo até o fim do segundo turno das eleições deste ano, previsto para 27 de outubro, segundo o calendário eleitoral. Weverson foi procurado para mais informações sobre sua pré-candidatura na Serra, mas não retornou os contatos feitos via ligação e mensagem de texto.>
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