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'Temos que aguardar as apurações', diz presidente do Republicanos no ES sobre prisão de Crivella

"Temos que aguardar as apurações", diz presidente do Republicanos no ES sobre prisão de Crivella

Já o prefeito eleito de Vitória, Lorenzo Pazolini, também filiado ao partido, não quis comentar a prisão do prefeito afastado do Rio

Publicado em 23 de dezembro de 2020 às 19:13

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O prefeito do Rio Marcelo Crivella é preso em casa na manhã desta terça, 22. Foto: Wilton Júnior / Estadão
O prefeito do Rio Marcelo Crivella é preso em casa na manhã desta terça, 22. Foto: Wilton Júnior / Estadão. (Wilton Júnior / Agência Estado)

O presidente do Republicanos no Espírito Santo, Roberto Carneiro, foi sucinto ao comentar a prisão do agora prefeito afastado do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, um dos principais expoentes do partido.

"Temos que aguardar as apurações, temos pouco conhecimento do fato", afirmou, nesta quarta-feira (23). No mesmo dia, Carneiro foi anunciado como futuro secretário de Governo da Prefeitura de Vitória, que vai ser comandada, a partir de janeiro, por Lorenzo Pazolini (Republicanos).

O prefeito eleito não quis comentar a prisão de Crivella. Ao ser questionado pela reportagem de A Gazeta, Pazolini disse que não tinha o que declarar a respeito e passou a palavra a Carneiro.

O presidente estadual do Republicanos fez questão de dizer que a situação do partido no Rio é uma e, no Espírito Santo, outra: 

"Ali é uma realidade diferente do que a gente vive. É um fato que a gente tem muito pouco conhecimento. A nossa realidade aqui é totalmente diferente. Nós, quando assumimos, o Republicanos tinha cinco contas atrasadas, nós regularizamos, temos todas as contas aprovadas nos tribunais. Então sobre o que foi feito no Rio, como temos pouco conhecimento, nos cabe acreditar nas instituições."

O presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo, Erick Musso, que também é do Republicanos, foi procurado pela reportagem, via assessoria de imprensa, que informou que ele não iria se manifestar.

O deputado federal Amaro Neto, outra figura de destaque do Republicanos no Estado, não atendeu às ligações de A Gazeta.

A PRISÃO

Crivella foi preso na terça-feira (22) em meio às investigações sobre um "QG da Propina" na prefeitura do Rio. O prefeito, de acordo com o Ministério Público, era o chefe do esquema. Empresários pagavam para ter acesso a contratos e para receber valores que eram devidos pela administração municipal.

A prisão, que ocorreu faltando nove dias para o fim do mandato de Crivella, é preventiva, para evitar que ele atrapalhe as apurações. Em setembro, durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão, por exemplo, o prefeito entregou aos policiais o telefone de outra pessoa e com um chip antigo, como se fosse o dele.

O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Humberto Martins, concedeu prisão domiciliar ao prefeito afastado e determinou que ele use tornozeleira eletrônica.

BOLSONARO ATACA O MINISTÉRIO PÚBLICO

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, nesta quarta, que não comentaria "o mérito" da prisão de Crivella, a quem apoiou na campanha eleitoral. O prefeito acabou derrotado por Eduardo Paes (DEM).

"Prenderam o Crivella no Rio, não vou entrar no mérito, mas já vincularam a mim, porque eu apoiei o Crivella. Sim, apoiei. O MP do Rio é uma festa lá, nunca apuraram nada, mas politicamente sempre apuram alguma coisa", afirmou o presidente da República.

O presidente Jair Bolsonaro em apoio ao candidato à prefeitura do Rio, Marcelo Crivella, durante as eleições de 2020
O presidente Jair Bolsonaro em apoio ao candidato à prefeitura do Rio, Marcelo Crivella, durante as eleições de 2020. (Reprodução/Twitter)

Dois filhos do presidente, o vereador Carlos Bolsonaro e o senador Flávio Bolsonaro, são filiados ao Republicanos. Flávio foi denunciado pelo Ministério Público por outro esquema, o das rachadinhas.

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