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PSB quer indicar nomes para manter cargo em secretaria de Vitória

PSB quer indicar nomes para manter cargo em secretaria de Vitória

Vice-prefeito foi exonerado do cargo de secretário municipal de Obras e Habitação após se colocar como pré-candidato à prefeitura da Capital na última semana

Publicado em 3 de fevereiro de 2020 às 22:37

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Vice-prefeito de Vitória, Sérgio Sá, e o deputado estadual Sergio Majeski, ambos do PSB, querem disputar prefeitura. (Reprodução)

Após o prefeito de Vitória, Luciano Rezende (Cidadania), ter exonerado o vice, Sérgio Sá (PSB), do cargo de secretário municipal de Obras e Habitação, na última semana, a direção do partido no município pretende permanecer com a titularidade da pasta, indicando nomes para ocupar o cargo. Sérgio Sá estava na função há sete anos e foi exonerado um dia depois de ter assinado o livro de pré-candidatos a prefeito de Vitória pelo PSB.

De acordo com o presidente do PSB de Vitória, Juarez Gonçalves Vieira, o PSB está elaborando um documento para entregar ao prefeito colocando três nomes de seus quadros à disposição para o cargo de secretário de Obras. "Entendemos que tivemos uma aliança para eleger o prefeito que vai até o final deste ano, e o PSB tem um espaço. Vamos indicar os nomes para ele apreciar. Não quero entender que tenha havido uma retaliação política e, sim, que foi por uma questão técnica. Não tem motivos para ele retirar outros cargos. Por isso, estamos enviando a lista", afirmou. Luciano apoia a pré-candidatura do deputado Fabrício Gandini (Cidadania) à sua sucessão.

Na ocasião da exoneração, Sérgio Sá disse: "Está claro que foi uma retaliação do prefeito Luciano Rezende em função de eu ter assinado o livro de pré-candidatura a prefeito. Assinei na quinta (dia 30) e ele me exonerou na sexta-feira à meia-noite".

O PSB também ocupa ainda a Secretaria Municipal de Serviços, com o vereador licenciado Nathan Medeiros (PSB). Na Secretaria de Obras, Weverton Santos Moraes foi nomeado como interino. A Prefeitura de Vitória foi procurada, mas não confirmou se vai seguir a indicação do PSB. Em nota, informou que "para manter a sua conhecida excelência na qualidade da prestação de serviços à população, faz mudanças na equipe sempre que necessário. As mudanças que foram e poderão ser realizadas têm esse objetivo". A prefeitura não respondeu sobre a possibilidade de novas exonerações de membros do PSB.

Nesta segunda-feira (3), encerrou-se o prazo para assinatura no livro de pré-candidatos a prefeito de Vitória. Além de Sérgio Sá, o deputado estadual Sergio Majeski também se colocou à disposição. São os dois únicos nomes na lista. Majeski também questionou o partido, por ofício, sobre como serão as prévias do partido, marcadas para o dia 17. O presidente Juarez Vieira afirmou que os detalhes serão definidos em uma reunião do diretório municipal, nesta terça (4). "Tivemos a inscrição de duas lideranças importantes, que têm condições de pilotar o projeto. Ficará a critério dos nossos filiados quem será o protagonista", disse.

"GOVERNO NÃO FARÁ DANÇA DAS CADEIRAS"

O secretário de Estado da Casa Civil, Davi Diniz, ele mesmo um ex-integrante do Cidadania (agora está sem partido), garante que não haverá dança das cadeiras no governo do Estado. Questionado pela reportagem se filiados ao partido de Luciano Rezende permanecem no governo de Renato Casagrande (PSB), respondeu o seguinte:

"Vão permanecer, inclusive os servidores que trabalham na Prefeitura de Vitória eu acredito que permanecerão. A questão que envolve o prefeito Luciano e o vice-prefeito Sérgio Sá é uma decisão interna deles, é um debate com eles. A relação do governo com o Cidadania e todos os partidos continua firme. Continuamos trabalhando com o Fabrício (Gandini), que é nosso presidente da Comissão de Justiça."

O próprio Majeski – que não é dos mais próximos à cúpula do PSB – questiona como ficará a situação dos ocupantes e cargos do partido na Prefeitura de Vitória e dos membros do Cidadania no governo estadual.

"Vamos imaginar que os governos (estadual e municipal) sejam tão republicanos a ponto de não misturar as coisas e digam 'essas pessoas estão aqui porque são bons são quadros e não têm nada a ver com questão partidária'. Mas a gente sabe que tem", afirmou.

"Como é que fica isso? Agora temos um pré-candidato que vai ser oposição porque o prefeito já disse quem é seu candidato. Óbvio que eles não são mais aliados. Se eu vou lançar um candidato contra o seu, eu sou o que seu?", questionou.

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