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PSB escolhe Sérgio Sá para disputar em Vitória. Majeski não desiste

PSB escolhe Sérgio Sá para disputar em Vitória. Majeski não desiste

Prévias do partido foram realizadas nesta segunda-feira (17).  Vice-prefeito de Vitória foi escolhido por 60 socialistas. O deputado estadual Sergio Majeski, por dois. Votação foi aberta

Publicado em 17 de fevereiro de 2020 às 21:13

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Vice-prefeito de Vitória, Sérgio Sá, em prévia do PSB. (Letícia Gonçalves)

O vice-prefeito de Vitória, Sérgio Sá, foi escolhido pelos correligionários do PSB da Capital como o pré-candidato do partido à prefeitura. O deputado estadual Sergio Majeski também havia assinado o livro de pré-candidaturas, com o mesmo objetivo, e disputou votos com Sá em prévia realizada nesta segunda-feira (17) na Câmara de Vitória.

Os membros da Executiva municipal votaram, abertamente, levantando crachás. O resultado foi 60 a 2. Mas Majeski não se considera fora da corrida eleitoral.

Além de vice, Sá era secretário de Obras e Habitação da Prefeitura de Vitória até o último dia 31 de janeiro, quando foi exonerado pelo prefeito Luciano Rezende (Cidadania). Já Majeski está no segundo mandato na Assembleia Legislativa.

O deputado estadual Sergio Majeski em prévia do PSB de Vitória. (Letícia Gonçalves)

O parlamentar deixou a Câmara assim que o resultado foi anunciado e disse que se mantém pré-candidato, pois não reconhece a legitimidade das prévias, não previstas no estatuto do partido. Ressaltou, também, que a legislação eleitoral impõe que a escolha dos candidatos se dê nas convenções partidárias.

"SOU TÃO PRÉ-CANDIDATO QUANTO (ERA) QUANDO EU ENTREI"

"Sou tão pré-candidato quanto (era) quando eu entrei. Não renuncio a absolutamente nada", afirmou à imprensa já do lado de fora do prédio do Legislativo municipal. Lá dentro, diante de filiados e da Executiva do partido, havia dito a mesma coisa minutos antes, avisando que essa seria sua postura independentemente do resultado da prévia.  

"O estatuto do partido, parece que algumas pessoas desconhecem, é bem claro. A única forma de escolha de candidatos é convenção. Ninguém pode proibir as pessoas de participar de convenção", complementou.

No evento, chegou-se a avaliar que a votação fosse secreta, pois segundo relatos filiados estariam constrangidos por terem que se posicionar em frente aos dois Sérgios. A maioria, no entanto, optou pelo voto aberto.

Majeski não descarta acionar o Judiciário apontando irregularidade na realização das prévias. Também avalia deixar o partido e diz ter propostas, por exemplo, de Rede e DEM.

"Não creio que queiram (os caciques do PSB) me empurrar pra fora, mas querem me anular de alguma forma. É como se me descartassem, eu não vou aparecer mais nas pesquisas. E lá na frente podem fazer qualquer negociação. Se eu permaneço e as pesquisas me mostram muito bem, como o partido vai dizer lá na frente 'meu candidato não é esse que aparece com 16%, é o outro que pontua com sei lá quanto'?".

"O PRÉ-CANDIDATO A PREFEITO DE VITÓRIA PELO PSB SOU EU"

Após o resultado da prévia, Sérgio Sá disse se considerar o único pré-candidato do PSB à prefeitura.

"É um processo que dá condições de o eleito pelo PSB, eu, de discutir com a cidade com mais legitimidade. Outros partidos já deflagraram seus pré-candidatos há mais de um ano", ressaltou.  "O pré-candidato do PSB a prefeito de Vitória sou eu."

"Vamos conversar com o deputado Sergio Majeski, que é um excelente quadro do partido. Mas as prévias têm previsão legal. O PSB precisava ter uma definição do seu pré-candidato, por isso colocamos o processo de prévias."

No discurso aos colegas de partido, o vice-prefeito destacou sua carreira política, marcada por 14 anos como secretário municipal de Habitação em Vitória, "passando por quatro mandatos, de dois prefeitos diferentes". Ele é filiado ao PSB há 12 anos.

COMO FOI A VOTAÇÃO

Todos os filiados ao PSB de Vitória poderiam votar nas prévias. De acordo com o presidente municipal do partido, Juarez Vieira, cerca de 300 a 350 pessoas estariam aptas a votar. O número total de votos, no entanto, foi de 62. A convocação, ou convite, para o comparecimento às prévias, de acordo com Sérgio Sá, deu-se pelas redes sociais. 

No evento, tanto Majeski quanto Sá puderam discursar antes da votação. O plenário e as galerias da Câmara de Vitória estavam lotados. Depois, cada eleitor levantou um crachá que recebeu do PSB para se manifestar a favor de um ou outro. 

Filiados ao PSB de Vitória votam em Sérgio Sá como pré-candidato a prefeito do partido na Capital. (Letícia Gonçalves)

Pouco antes, surgiu a proposta de votação fechada, para que os filiados não se sentissem coagidos. Mas isso não vingou. Em votação aberta, decidiu-se que a escolha não seria secreta.  Majeski também havia, no discurso, pontuado que o voto deveria ser fechado. 

"Sou sempre defensor do voto aberto na Assembleia Legislativa, nas Câmaras de vereadores e no Congresso Nacional porque não me autorrepresento como deputado. Um vereador não se autorrepresenta, um senador não se autorrepresenta. Por isso o voto tem que ser aberto, porque ele está representando a sociedade. Filiados, não. Filiados se autorrepresentam. Por que então têm que expor o seu voto? (alguns aplausos irromperam) Isso a mim pareceu uma forma de coação. Muitas pessoas têm ligação com cargos ou não querem se expor mesmo. Muita gente deixou de comparecer porque não quer se expor", afirmou. 

"AGORA É JOGAR ÁGUA NA FOGUEIRA"

O presidente do PSB de Vitória, Juarez Vieira, diz que a convenção partidária (as convenções devem ser realizadas de 20 de julho a 5 de agosto) vai "homologar" o resultado da prévia. A pré-candidatura de Sérgio Sá, de acordo com ele, é "irreversível no sentido de que o candidato tem que se viabilizar", ou seja, tem que ter competitividade. "Não adianta o Sérgio Sá não ter percentual para fazer enfrentamento em maio, junho ..."

Quanto a Majeski, ele diz querer o deputado no PSB e ao lado de Sá: "Agora é jogar água na fogueira".

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