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Publicado em 12 de agosto de 2025 às 18:17
O prefeito de Sooretama, Fernando Camiletti (Republicanos) encaminhou à Câmara de Vereadores um projeto de lei que autoriza a criação de serviços de loterias (jogos e apostas) administrados pelo município.
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A proposta começou a tramitar no Legislativo no último dia 1 e ainda não tem data para ser levada a plenário, visando à discussão e votação da matéria pelos vereadores.>
Na justificativa da proposta, o prefeito sustenta que as loterias municipais “não só se tornaram uma ferramenta importante para enfrentar desafios fiscais, como também promoveram o desenvolvimento local em diversas áreas, como saúde, educação e infraestrutura”.>
Já em conversa com a reportagem de A Gazeta na tarde desta terça-feira (12), o mandatário explicou que a ideia da iniciativa é regulamentar o que ocorre de “maneira irregular” na cidade.>
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“Aqui na cidade há casas que oferecem esse tipo de serviço sem regulamentação. Então, pensamos em oferecer os mesmos serviços, mas prestados diretamente pela loteria da cidade”, afirma o prefeito.>
O texto da proposta apresentada na Câmara diz, por sua vez, que o serviço público de loteria autorizado a que se refere a matéria deverá ser explorado diretamente pelo Poder Executivo ou mediante credenciamento, concessão, parceria público-privada ou contratação de serviços, mediante licitação, admitido o consórcio de empresas.>
A proposta ainda pontua que o produto da arrecadação total obtida por meio da captação de apostas ou da venda de bilhetes da loteria municipal, por meio físico ou virtual, será assinado digitalmente. >
Já os recursos arrecadados com a iniciativa deverão ser utilizados para os seguintes fins:>
O projeto prevê a adoção de sistemas de garantia que julgar convenientes à segurança contra fraude e adulteração das apostas. Caberá à Secretaria Municipal de Tributos e Arrecadação regular os servlços.>
Na justificativa do projeto que visa à criação da loteria municipal são citadas duas Arguições de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF’s), apreciadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) entre 2020 e 2021, em que é assegurada a constitucionalidade de apostas lotéricas por estados e municípios.>
No entanto, está pendente de julgamento na Corte suprema, sob relatoria do ministro Nunes Marques, a ADPF 1212, referente a pedido liminar ajuizado pelo partido Solidariedade em março deste ano. Nos autos, a legenda pede que seja concedida medida cautelar contra leis municipais que autorizam a criação de loterias, sistemas de sorteios ou de apostas próprios. >
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