Repórter / [email protected]
Publicado em 11 de agosto de 2025 às 21:41
O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou um empresário do Espírito Santo a 12 anos e seis meses de reclusão, bem como a um ano e 6 seis de meses de detenção, por participação nos atos golpistas, que culminaram na invasão e vandalização das sedes dos Três Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro de 2023. >
Morador de Pancas, no Noroeste do Estado, Cláudio Fernando Gonçalves foi flagrado, por imagens analisadas pela perícia da Polícia Federal (PF), no interior do Palácio do Planalto, quebrando móveis e objetos do local. Com uso de ferramentas de reconhecimento facial, as autoridades conseguiram identificá-lo.>
A informação consta no voto do ministro Alexandre de Moraes, relator das ações penais que tratam sobre os atos antidemocráticos. O julgamento do processo envolvendo o empresário começou em 27 de junho deste ano e foi finalizado no último dia 5.>
A reportagem tenta contato com a defesa do empresário para falar sobre a decisão. O espaço segue aberto para as devidas manifestações.>
>
O voto do relator, acompanhado pela maioria dos ministros que integram o plenário da Corte, ainda impõe ao réu o pagamento de 100 dias-multa, com cada dia-multa tendo valor fixado em um terço do salário mínimo vigente em 2023, o equivalente a R$ 440. Assim, o valor a ser pago pelo réu chega a R$ 44.000.>
A denúncia contra Cláudio Fernando Gonçalves foi apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e aceita pelo STF em fevereiro de 2024.>
É dito no relatório de Alexandre de Moraes que a participação do réu na invasão e depredação do Palácio do Planalto teria ficado clara após um laudo de perícia da Polícia Federal (PF) ter identificado-o no local.>
Inicialmente chamado de indivíduo "M1" nas filmagens do circuito interno do Palácio do Planalto analisadas pela PF, o homem que aparece nas gravações tem características faciais semelhantes às de Cláudio Fernando Gonçalves.>
Ao se manifestar no processo, a defesa do réu afirmou que ele teria se abrigado no Planalto na tentativa de se proteger do tumulto. >
No entanto, o relatório do ministro do STF afirma que outras imagens mostram o acusado calmo e tranquilo circulando pelo local, sem tentar se proteger, “o que fortalece sua implicação nos eventos”.>
Ainda é afirmado no documento elaborado por Moraes que a extração de dados do celular do réu na fase de investigações também registra imagens do acusado no interior do Palácio do Planalto.>
“As provas, incluindo seu interrogatório, laudos periciais e fotos do próprio réu, confirmam que ele invadiu os prédios públicos na Praça dos Três Poderes, incluindo o Palácio do Planalto”, aponta o relatório de Moraes.>
Também pesou contra o capixaba o fato de ele ter sido preso, em 9 de janeiro de 2023, um dia após a empreitada golpista, no interior de um acampamento erguido em frente a um Quartel-General do Exército no Distrito Federal.>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta