Publicado em 25 de agosto de 2022 às 14:18
Com a aproximação das eleições, as urnas eletrônicas são alvo frequente de críticas, questionamentos e ataques por parte de eleitores e candidatos. Alguns colocam em dúvida o funcionamento dos aparelhos, alegando que eles poderiam ser “fraudados” para favorecer um ou outro candidato. Outros ainda alegam que não é possível conferir os resultados das eleições porque as urnas não seriam auditáveis. >
Para esclarecer essas e outras dúvidas, o Passando a Limpo, serviço de checagem de A Gazeta, preparou um guia do que é verdade ou não a respeito das urnas eletrônicas.>
A urna eletrônica não é vulnerável a ataques externos. Segundo as autoridades eleitorais, o equipamento funciona de forma isolada, ou seja, não tem como ser conectado à internet ou a qualquer outra rede. >
Também não é equipado com o hardware necessário para se conectar a uma rede ou mesmo qualquer forma de conexão com ou sem fio. Vale destacar que o sistema operacional Linux contido na urna é preparado pela Justiça Eleitoral de forma a não incluir nenhum mecanismo de software que permita a conexão com redes ou o acesso remoto.>
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Além disso, as mídias utilizadas pela Justiça Eleitoral para a preparação das urnas e gravação dos resultados são protegidas por técnicas modernas de assinatura digital. Não é possível que alguém modifique qualquer arquivo presente nessas mídias.>
Também são tomadas medidas contra possíveis tentativas de violação que possam ser feitas por pessoas que trabalham diretamente no processo eleitoral. Para isso, a Justiça Eleitoral utiliza ferramentas modernas de controle de versão do código-fonte dos sistemas eleitorais. >
A partir dessas ferramentas, é possível acompanhar toda modificação feita sobre o código-fonte, o que foi modificado e por quem.>
Somente um grupo restrito de servidores e colaboradores do TSE tem acesso ao repositório de código-fonte e está autorizado a fazer modificações no software. Uma consequência disso é que o software utilizado nas eleições é o mesmo em todo o Brasil e está sob o controle estrito do TSE.>
O funcionamento das urnas eletrônicas tem como base um código-fonte, que é um conjunto de comandos feitos em uma linguagem de computação que dá as instruções de como o sistema deve operar. >
No caso das urnas, o TSE tem a obrigação, pela Resolução TSE n° 23.673/2021, de abrir o código-fonte antes das eleições para que entidades possam fiscalizar se há algum problema. >
Ao avaliar o código-fonte, é possível saber se o software está programado para operar corretamente ou se tem alguma falha de programação que pode alterar a maneira como ele funciona.>
Em 4 de outubro de 2021, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) abriu os códigos-fonte dos sistemas eleitorais deste ano. Eles podem ser inspecionados por representantes técnicos das seguintes organizações: >
Segundo o TSE, quando a urna é preparada para a eleição, ela recebe todas as porções de software - códigos executáveis - que são necessários para o seu funcionamento.>
A instalação desses executáveis ocorre na Cerimônia de Assinatura Digital e Lacração dos Sistemas, evento público realizado a dois meses da eleição e que conta com a presença de representantes das entidades fiscalizadoras. O evento é uma das etapas de auditoria e fiscalização das urnas, que ocorrem antes, durante e depois da votação e podem ser conferidas, em detalhes, nesta página.>
Ao Comprova, especialistas e o TSE afirmaram que os sistemas executáveis não fazem qualquer tipo de adulteração dos votos em quaisquer dos cenários de uma votação.>
A fidelidade entre o que é digitado e o que fica “gravado” na urna é demonstrada em todas as eleições em uma outra etapa do processo de auditoria e fiscalização, o Teste de Integridade, que ocorre no dia da votação. >
Nele, conforme consta no site, é feita uma “votação pública, aberta e auditada, em uma urna eletrônica que estava pronta para uso na eleição, utilizando-se os mesmos votos em cédula de papel que também são depositados em uma urna de lona. Ao final, compara-se o resultado da urna eletrônica com os da urna que recebeu votos em papel”.>
De acordo com o TSE, desde 2002, quando o teste foi iniciado, nunca houve divergência entre os resultados da urna eletrônica e da contagem dos votos em papel.>
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Passando a Limpo | Eleições 2020
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