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Publicado em 28 de fevereiro de 2024 às 18:01
A Assembleia Legislativa do Espírito Santo publicou, em edição extraordinária do Diário Oficial, o anúncio da abertura da vaga para o Tribunal de Contas do Espírito Santo (TCES). A partir de agora, os deputados poderão fazer as indicações de nomes para o cargo, que deverão ser votados em plenário no início de março. >
Aberta pela aposentadoria do conselheiro Sérgio Manoel Nader Borges, a vaga é de livre nomeação do Legislativo estadual, porém, é esperado que o indicado pelos parlamentares seja um integrante do poder Executivo. >
O secretário da Casa Civil de Renato Casagrande (PSB), Davi Diniz, é apontado como o nome de consenso buscado pelo presidente da Assembleia, Marcelo Santos (Podemos).>
Embora Davi Diniz seja a escolha dos governistas, a oposição, minoritária, também pode inscrever um candidato. Há um movimento para emplacar um deputado na vaga e o próprio Marcelo Santos era a aposta de alguns colegas, mas ele já descartou a ideia. >
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O prazo para registro dos nomes vai até a manhã de segunda-feira(4). Para ser candidato, a pessoa indicada tem que ter mais de 35 anos e menos de 65, ter "idoneidade moral e reputação ilibada", além de ter "notórios conhecimentos jurídicos, ou contábeis, ou econômicos e financeiros ou de administração pública, com mais de dez anos de exercício de função, ou de cargo público, ou de efetiva atividade profissional nas áreas referidas". >
Uma comissão verifica se os candidatos atendem aos requisitos e encaminham a lista para o presidente da Casa. >
Já a votação, em plenário, é secreta, e deve ser feita em um prazo de até três sessões ordinárias. Cada deputado tem direito a um voto e o nome com mais votos é o escolhido. >
Em nota enviada à imprensa, o presidente da Assembleia afirmou que dialogou com representantes de diversos poderes e com os deputados durante o mês de fevereiro para tentar chegar a um consenso, ou seja, a indicação de apenas um nome para a cadeira de conselheiro. Marcelo Santos aponta que a indicação de mais de uma pessoa pode significar uma "ruptura dentro do nosso Parlamento".>
Segundo ele, o objetivo é indicar alguém que esteja na "mesma sintonia" dos demais conselheiros do TCES, para que se mantenha a relação harmoniosa entre os poderes. >
A parcela dos parlamentares que quer um deputado como indicado é capitaneada por Hudson Leal (Republicanos). Em discurso no plenário nesta quarta-feira (28), ele lembrou que a Assembleia tinha três representantes (dos quatro que devem ser escolhidos pela Casa) e, com a aposentadoria do conselheiro Sergio Borges (ex-parlamentar), esse número cairá para dois (os ex-deputados Rodrigo Chamoun e Rodrigo Coelho). >
Como lembrou a colunista Letícia Gonçalves, a última vez que o Legislativo elegeu alguém para o Tribunal foi em 2019. O escolhido foi Luiz Carlos Ciciliotti, ex-secretário da Casa Civil e, na época, presidente estadual do PSB, partido do governador.>
“A gente tem que refletir. Vai ter uma eleição importante. Não é de confronto a nenhum poder, é de nós ocuparmos o espaço que é dessa Casa de Lei”, defendeu Leal. Ao longo do discurso, ele reforçou que o voto secreto para a eleição foi instituído para evitar interferências.>
Se Davi Diniz for de fato o nome escolhido neste ano, Casagrande vai, novamente, emplacar um aliado na Corte de contas.>
O salário de um conselheiro é igual ao de um desembargador do Tribunal de Justiça (TJES), R$ 37.589,96 brutos. Quem ficar com a cadeira vai poder desempenhar, até completar 75 anos, quando a aposentadoria é obrigatória, funções como votar e relatar processos referentes a gastos públicos em municípios e no Estado.>
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