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Publicado em 17 de dezembro de 2025 às 17:13
O vereador da Serra Marlon Fred Oliveira Matos (PDT), de 41 anos, seguirá preso após passar por audiência de custódia nesta quarta-feira (17). Ele foi preso em flagrante na segunda-feira (15) após invadir, durante a madrugada, a residência da ex-namorada, no bairro Alterosas, e se envolver em uma série de agressões, ameaças e resistência à ação policial. >
Segundo parecer da juíza Eliana Ferrari Siviero, que converteu o flagrante em prisão preventiva, não há outra medida que seja suficiente para resguardar a integridade física e psicológica da vítima. >
Além das circunstâncias envolvendo o crime, a juíza destacou que o vereador já possui registros criminais em trâmite. Segundo a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), ele tem passagens pelo sistema prisional a partir de 2011, por embriaguez ao volante e homicídio qualificado, tendo recebido alvará em julho de 2015.>
A juíza apontou ainda que responde pela suposta prática do crime de perseguição e por corrupção de menores, sendo pontos que “evidenciam a reiteração delitiva e reforçam a necessidade da medida extrema.”>
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E complementou: “É imperioso registrar que, conforme a jurisprudência consolidada do Superior Tribunal de Justiça, a gravidade concreta do delito e a periculosidade do agente, evidenciadas pelo modus operandi, autorizam a prisão preventiva como meio necessário à proteção da ordem pública.”>
De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar, o parlamentar do PDT não aceitava o fim do relacionamento e teria tentado agredir o atual companheiro da mulher. Militares foram acionados após denúncia feita pela irmã da ex-namorada do vereador. >
Ainda conforme o registro, Marlon teria pulado o muro do imóvel, alcançado o segundo piso da casa e passado a gritar e ameaçar familiares, além de agredir com socos e chutes o atual namorado da ex-companheira. >
Quando os policiais chegaram na casa, a irmã da jovem autorizou a entrada e solicitou buscas por uma possível arma de fogo, já que, segundo ela, o parlamentar costuma portar armamento. No interior do imóvel, os policiais encontraram o parlamentar, que se recusou a sair do local e passou a coagir os familiares da ex-namorada. Eles dizem temer pelas próprias vidas.>
Os militares informaram o suspeito sobre a detenção naquele momento. Ainda assim, ele teria ameaçado os agentes. Segundo a PM, o vereador resistiu à prisão, deu socos nos policiais e chegou a ferir um soldado no olho esquerdo, sendo necessário o uso de uma arma de eletrochoque para contê-lo.>
Após a prisão, foram feitas buscas na residência e no veículo do vereador, porém nenhuma arma de fogo foi encontrada. O parlamentar apresentava lesões, mas recusou atendimento médico. >
Ainda conforme o boletim, mesmo após ser colocado na viatura e encaminhado à delegacia, o vereador continuou a fazer ameaças, alegando que “gastaria até R$ 1 milhão para tirar os militares da polícia”.>
O espaço segue aberto para posicionamento da defesa.>
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