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Mulher morta no ES para não ir a júri: polícia recupera armas do crime

Mulher morta no ES para não ir a júri: polícia recupera armas do crime

Elas foram utilizadas no assassinato de Anna Maria Max de Souza, de 28 anos, na madrugada do dia 2 de maio, no bairro Maraguá. Armas estavam em uma bolsa, no quintal de uma casa

Publicado em 22 de junho de 2022 às 17:19

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Polícia Civil recuperou, nesta terça-feira (21), duas armas usadas para executar Anna Maria Max de Souza, de 28 anos, na madrugada do dia 2 de maio, no bairro Maraguá, em Itapemirim, no Sul do Estado. O mandado de busca e apreensão foi cumprido pela equipe da 9ª Delegacia Regional do município no bairro Campo Acima. Os objetos estavam em uma bolsa, no quintal de uma casa.

Polícia recupera armas usadas para matar mulher em Itapemirim
As armas foram encontradas durante cumprimento de mandado de busca e apreensão da polícia. (Divulgação \ PCES)

Titular da 9ª Delegacia Regional de Itapemirim, o delegado Djalma Pereira Lemos disse que as armas foram identificadas como as usadas no crime após análise de imagens. Ninguém foi preso durante a ação.

“Identificamos as armas por meio de fotos armazenadas no celular de um indiciado, de 52 anos, também tio de consideração do preso, que acreditou ter apagado as referidas imagens. Entretanto, as fotografias foram recuperadas pelo setor de inteligente da 9ª Delegacia Regional de Itapemirim e as armas identificadas”, informou.

SOBRE O CRIME

Na madrugada do dia 2 de maio deste ano, Anna Maria Max de Souza, de 28 anos, foi alvo de vários disparos de arma de fogo, no bairro Maraguá, em Itapemirim. Ela foi encontrada abandonada e sem documentos de identificação.

Segundo o delegado Djalma Pereira Lemos, a polícia fez a identificação da vítima por meio de coleta de depoimento de testemunhas e familiares, e, depois, identificou o veículo usado pelos suspeitos para levar a mulher ao local em que foi morta. “A vítima, ao sair com os autores do crime, temia ser morta e ligou para um familiar, avisando que estaria saindo com pessoas suspeitas", contou.

O delegado informou, ainda, que Anna Maria foi atraída no município de Anchieta e levada para o bairro Maraguá, em Itapemirim, onde foi executada e abandonada. “A vítima seria testemunha de acusação em um júri que seria realizado no dia 4 de maio, a respeito de um homicídio de 2018, que ocorreu na Ilha do Gambá, em Piúma”, explicou.

No dia do crime, segundo o delegado, o parceiro dela foi executado com um tiro na nuca enquanto eles estavam tendo relação sexual. “Na época, ela conseguiu escapar dos tiros e reconheceu os suspeitos. Ela foi morta para que não testemunhasse nesse processo”, relatou.

Anna Maria Max de Souza
Anna Maria Max de Souza tinha 28 anos. (Redes sociais)

SUSPEITOS IDENTIFICADOS

De acordo com o titular da 9ª Delegacia Regional de Itapemirim, ao todo, cinco suspeitos foram identificados no crime, até o momento. “Dois irmãos ‘pistoleiros’ de Araruama, no Rio de Janeiro, que vieram ao Estado a pedido e por intermédio do irmão de criação que morava em Marataízes, um segurança que trabalhava em uma loja comercial e tinha um terreno próximo ao local onde a mulher foi morta”, disse o delegado.

Lemos explicou que os três ainda contrataram uma quarta pessoa, dona do veículo utilizado no crime. Já o quinto envolvido seria o pai do ex-companheiro da mulher, morto em 2018. “Ele não aceitava o relacionamento dos dois”, comentou.

Os suspeitos vão responder por homicídio qualificado, conforme comunicou a Polícia Civil. Após o cumprimento do mandado de prisão temporária, os três suspeitos detidos em Anchieta e Marataízes foram encaminhados ao sistema prisional capixaba. Já o suspeito detido no Rio de Janeiro, foi recambiado pela equipe da 9ª Delegacia Regional de Itapemirim para o Espírito Santo.

As investigações continuam com intuito de deter o quinto suspeito, que está foragido no Estado do Rio de Janeiro. “Divulgamos a foto do quinto indivíduo para a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, que está sendo procurado por nossos colegas do Rio de Janeiro, já que ele lá se encontra homiziado”, complementou o delegado.

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