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Morte de manobrista do Transcol em Cariacica sem respostas após 2 meses

Morte de manobrista do Transcol em Cariacica sem respostas após 2 meses

Clovis Brás Júnior, de 31 anos, foi assassinado quando chegava para trabalhar, em 9 de junho deste ano

Publicado em 8 de agosto de 2025 às 07:34

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Carro de Clovis Brás Júnior ficou com marca de tiro na porta do carona Crédito: Daniel Marçal e Acervo familiar

assassinato do manobrista do Transcol Clovis Brás Júnior, de 31 anos, completa dois meses no sábado (9). O caso ocorreu em São Francisco, Cariacica, quando a vítima chegava para trabalhar. Como forma de protesto, rodoviários cruzaram os braços e ônibus não circularam na Grande Vitória na manhã do dia seguinte ao crime. Questionada se alguém foi preso, a Polícia Civil respondeu apenas que "o fato segue sob investigação da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cariacica e, para que a apuração seja preservada, nenhuma outra informação será repassada".

Em entrevista à reportagem de A Gazeta, quando o caso completou um mês, o delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda, afirmou que o crime aconteceu em um lugar isolado. "Câmeras com dificuldade, as imagens de péssima qualidade, e então passamos a fazer uma investigação com relação à própria vítima, para saber com quem ela se relacionava, se sofria algum tipo de ameaça", disse. 

A morte de Clóvis aconteceu no mesmo dia em que um empresário foi assassinado a tiros na frente da própria empresa na Praia da Costa, em Vila Velha. Ambos os casos tiveram grande repercussão. 

Morto ao chegar para trabalhar

Clóvis trabalhava como manobrista de ônibus do Grupo Santa Zita, uma das empresas que formam a frota do Sistema Transcol. Ele estava chegando para trabalhar quando foi surpreendido pelo criminoso. O homem tentou correr, mas foi atingido pelo disparo. O tiro ainda perfurou o carro dele, um Renault Sandero Stepway, na porta do carona.

Motoristas paralisam linhas de ônibus em protesto

Na manhã do dia seguinte, usuários do Sistema Transcol foram surpreendidos: nenhum ônibus circulava pela Grande Vitória. Isso porque a categoria cruzou os braços, em protesto pela morte do colega. Eles pediam por mais segurança dentro do transporte coletivo e ao redor das garagens.

paralisação foi encerrada por volta das 7h30 daquele mesmo dia e os coletivos pararam de circular. 

Polícia diz que crime foi execução

Um dia após o crime, a Polícia Civil afirmou que se tratou de uma execução. "A princípio, verificou-se que não levaram nada. Então, de cara, se descartou a hipótese de um latrocínio (roubo seguido de morte). A linha de investigação que está sendo analisada agora é de uma possível execução. Uma execução pode acontecer por vários motivos, sejam eles pessoais ou materiais", disse o delegado Arruda.

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