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Foragidos suspeitos de matar motorista de app são capturados em Guarapari

Foragidos suspeitos de matar motorista de app são capturados em Guarapari

Caio Mendes Chaves e João Paulo Brandão de Brito foram presos pela Polícia Civil na noite da última terça-feira (20)

Publicado em 21 de fevereiro de 2024 às 07:44

Ícone - Tempo de Leitura 5min de leitura
Caio Mendes Chaves e João Paulo Brandão de Brito, suspeitos de matar motorista de app em Cariacica
Caio Mendes Chaves e João Paulo Brandão de Brito, suspeitos de matar motorista de app em Cariacica. (Divulgação | Sesp)
Júlia Afonso
Repórter / [email protected]

Polícia Civil prendeu os dois foragidos suspeitos da morte do motorista de aplicativo Jonata de Souza Oliveira, que desapareceu no último dia 11, enquanto trabalhava. Caio Mendes Chaves e João Paulo Brandão de Brito foram localizados em Guarapari, na noite de terça-feira (20).

O comparsa deles, Weliton Jones da Silva, foi preso no sábado (17), em Cariacica. Foi ele quem indicou para a polícia onde estava o corpo de Jonata, encontrado às margens da Rodovia ES 120, no bairro Padre Mathias.

"Na noite de ontem os outros dois foragidos responsáveis pela morte do motorista de aplicativo Jonata de Oliveira foram presos pela Polícia Civil. Sabemos que nada vai trazer o Jonata de volta e nos solidarizamos com a família, mas é importante comunicar à sociedade capixaba a prisão desses dois criminosos. Agora é torcer para que eles sejam denunciados e que passem muito tempo atrás das grades", declarou o secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social, Eugênio Ricas.

Entenda o caso

Mecânico
Jonata de Souza Oliveira, motorista de aplicativo morto enquanto trabalhava em Cariacica. (Arquivo Pessoal)

A polícia identificou os três suspeitos de matarem o motorista de aplicativo Jonata de Souza Oliveira, de 28 anos, que desapareceu no último dia 11, enquanto trabalhava. O corpo foi encontrado no sábado (17), às margens da Rodovia ES 120, em Padre Mathias, Cariacica. As investigações apontaram que, ao saberem do crime, traficantes do bairro Porto Belo, onde a corrida de aplicativo foi solicitada pelos criminosos, deram uma surra no trio.

Por causa do espancamento, os três foram para um hospital no Centro de Vitória. No sábado (17), policiais penais foram até a unidade de saúde atrás de um deles, que ainda estaria internado, identificado como Weliton Jones da Silva, de 23 anos. Chegando lá, os agentes ficaram sabendo que o suspeito tinha acabado de receber alta. Neste momento, as buscas continuaram e ele foi localizado na casa da avó, no bairro Vale dos Reis, em Cariacica, onde foi preso.

Apesar de negar participação no crime, Weliton alegou que foi o responsável por pedir a corrida de aplicativo, no dia 11, no bairro Porto Belo. Segundo ele, os comparsas, Caio Mendes Chaves, de 20 anos, e João Paulo Brandão de Brito, de 18 anos, teriam entrado no veículo e anunciado o assalto, momento em que Jonata teria reagido. Um dos bandidos, que estava no banco de trás, teria dado uma gravata na vítima, que morreu por asfixia. O carro dele foi abandonado no bairro Nova Esperança, e o corpo jogado em um matagal na altura de Padre Mathias.

Weliton Jones da Silva, Caio Mendes Chaves e João Paulo Brandão de Brito
Weliton Jones da Silva, Caio Mendes Chaves e João Paulo Brandão de Brito. (Divulgação | Sesp)

Suspeito indicou onde corpo estava

Foi o próprio Weliton que indicou onde o corpo de Jonata estava. "Ele nega envolvimento com o crime, no entanto, temos provas suficientes com testemunhas e informações. Ele nos levou até o local onde estava o corpo, que era de difícil acesso. Tanto que Corpo de Bombeiros e nossa equipes da polícia estiveram presentes e não conseguiram localizar; ele com precisão nos indicou o local exato onde o corpo havia sido ocultado. Ele informa que só chamou a corrida e que o pessoal havia comentado com ele onde havia deixado o corpo, mas pela precisão que ele nos apontou, é impossível a não-participação dele", ponderou o delegado Marcos Aurélio Ferreira, chefe da Divisão de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV).

Outras vítimas

Durante as investigações, outros dois motoristas de aplicativo procuraram a polícia para dizer que já foram vítimas do trio na região de Cariacica. "Esses três vêm praticando diversos crimes de roubo a transporte de aplicativo. A gente vai iniciar as investigações, peço que as vítimas compareçam à DFRV. Seria uma associação criminosa que pratica diversos roubos, são agentes contumazes e agora aconteceu essa tragédia. Um deles, o Caio, tem passagem por tráfico de drogas", disse o delegado Luiz Gustavo Ximenes, titular da DFRV.

Nota da Uber

Veja abaixo, na íntegra, a nota enviada pela empresa Uber à Rede Gazeta:

“Ficamos profundamente entristecidos em saber que o motorista parceiro Jonata de Souza Oliveira foi vítima desse crime terrível. Nossos sentimentos estão com a família e os amigos nesse momento de enorme tristeza e dor. Todas as viagens na plataforma são cobertas por um seguro APP para acidentes pessoais e a seguradora entrará em contato com a família a fim de oferecer apoio. A Uber também segue à disposição para colaborar com as investigações, na forma da lei.

A segurança dos motoristas é uma prioridade para a Uber e o app possui ferramentas de segurança antes, durante e depois de cada viagem, mas o foco prioritário é sempre na prevenção. A empresa está sempre investindo em novas tecnologias e hoje por isso todos os usuários passam por algum tipo de verificação, por meio de pagamento digital, checagem do CPF ou escaneamento do documento de CNH ou RG. Além disso, alguns usuários que optam por realizar suas viagens somente em dinheiro podem ser solicitados a tirar uma selfie antes que eles consigam solicitar o carro.

A empresa também possui um recurso de machine learning para impedir que viagens potencialmente arriscadas aconteçam e vale ressaltar que os motoristas parceiros podem cancelar as viagens sinalizando motivo de segurança sempre que não se sentirem confortáveis, sem qualquer impacto para eles.

Durante a viagem os motoristas têm disponíveis recursos como compartilhamento de rota, gravação de áudio e vídeo e ligação direta para polícia — que em alguns estados já funciona de forma integrada com o serviço 190, para que os operadores do serviço de emergência recebam automaticamente a localização em tempo real e os dados da viagem em que foi originada a chamada.

A Uber segue sempre à disposição para colaborar com as autoridades por meio de uma equipe especializada formada, inclusive, por ex-policiais.”

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