Repórter / [email protected]
Publicado em 19 de fevereiro de 2024 às 13:47
Um dos suspeitos de matar o motorista de aplicativo Jonata de Souza Oliveira, de 28 anos, já foi preso. Agora, a polícia pede ajuda para localizar os outros dois comparsas dele, identificados como Caio Mendes Chaves, de 20 anos, e João Paulo Brandão de Brito, de 18 anos (veja foto acima). Eles já têm mandado de prisão preventiva expedidos, e estão na mira das autoridades. >
Jonata de Souza Oliveira desapareceu no último dia 11, enquanto trabalhava. O corpo foi encontrado no sábado (17), às margens da Rodovia ES 120, em Padre Mathias, Cariacica. Segundo as investigações, o trio solicitou uma corrida em Porto Belo. Quando entraram no veículo e anunciaram o assaltado, a vítima teria reagido, levando um golpe conhecido como "gravata". O carro foi abandonado em Nova Esperança. >
Assim que souberam do crime, traficantes do bairro Porto Belo deram uma surra nos três suspeitos de matarem o motorista. Por causa do espancamento, os três foram para um hospital no Centro de Vitória. No sábado (17), policiais penais foram até a unidade de saúde atrás de um deles, que ainda estaria internado, identificado como Weliton Jones da Silva, de 23 anos. Chegando lá, os agentes ficaram sabendo que o suspeito tinha acabado de receber alta. Neste momento, as buscas continuaram e ele foi localizado na casa da avó, no bairro Vale dos Reis, em Cariacica, onde foi preso.>
Apesar de negar participação no crime, Weliton alegou que foi o responsável por pedir a corrida de aplicativo, no dia 11, no bairro Porto Belo. Segundo ele, os comparsas, Caio Mendes Chaves, de 20 anos, e João Paulo Brandão de Brito, de 18 anos, teriam entrado no veículo e anunciado o assalto, momento em que Jonata teria reagido. Um dos bandidos, que estava no banco de trás, teria dado uma gravata na vítima, que morreu por asfixia. O carro dele foi abandonado no bairro Nova Esperança, e o corpo jogado em um matagal na altura de Padre Mathias.>
>
Foi o próprio Weliton que indicou onde o corpo de Jonata estava. "Ele nega envolvimento com o crime, no entanto, temos provas suficientes com testemunhas e informações. Ele nos levou até o local onde estava o corpo, que era de difícil acesso. Tanto que Corpo de Bombeiros e nossa equipes da polícia estiveram presentes e não conseguiram localizar; ele com precisão nos indicou o local exato onde o corpo havia sido ocultado. Ele informa que só chamou a corrida e que o pessoal havia comentado com ele onde havia deixado o corpo, mas pela precisão que ele nos apontou, é impossível a não-participação dele", ponderou o delegado Marcos Aurélio Ferreira, chefe da Divisão de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV).>
Durante as investigações, outros dois motoristas de aplicativo procuraram a polícia para dizer que já foram vítimas do trio na região de Cariacica. "Esses três vêm praticando diversos crimes de roubo a transporte de aplicativo. A gente vai iniciar as investigações, peço que as vítimas compareçam à DFRV. Seria uma associação criminosa que pratica diversos roubos, são agentes contumazes e agora aconteceu essa tragédia. Um deles, o Caio, tem passagem por tráfico de drogas", disse o delegado Luiz Gustavo Ximenes, titular da DFRV.>
Agora, a polícia está atrás do paradeiro de Caio Mendes Chaves e João Paulo Brandão de Brito, que seguem foragidos, mas com mandado de prisão preventiva expedido. Quem tiver qualquer informação sobre eles pode ajudar pelo Disque-Denúncia, no telefone 181 ou através do site disquedenuncia181.es.gov.br; o anonimato é garantido.>
O mecânico e motorista de aplicativo Jonata de Souza Oliveira, de 28 anos, estava desaparecido desde o último domingo (11). Segundo a esposa, Tainá Neves de Oliveira, ele teria saído para trabalhar por volta das 17h e feito um último contato com ela às 20h. Depois disso, ele parou de responder a todos e não retornou no horário de costume, à meia-noite. >
A família recorreu à seguradora do veículo para ter a localização e achou o carro abandonado, em Nova Esperança, Cariacica, sem o motorista e os pertences dele.>
De acordo com a esposa, Jonata havia passado mal no domingo (11) pela manhã e chegou a ser levado a uma unidade de Pronto Atendimento (PA). Depois disso, às 15h, foi até a casa da sogra para descansar. Mais tarde, às 17h, já se sentindo bem, saiu para trabalhar como motorista de aplicativo. Tainá contou que chegou a fazer contato com o marido às 20h48. Depois disso, porém, ele parou de responder.>
Jonata costumava, como relatou Tainá, voltar para casa por volta da meia-noite. Às 2h da manhã, como ele ainda não tinha retornado, a família saiu para procurá-lo, recorrendo à seguradora de veículo para ter a localização. A empresa forneceu pontos por onde ele teria passado.>
"Primeiro, até mandaram a gente para outro bairro. Chegamos lá, não encontramos nada. Aí, de lá mesmo, pedimos e eles mandaram outro local. Foi quando achamos o carro em Nova Esperança (Cariacica) sem nada. Sem ele, sem documentos e pertences", disse Tainá.>
Na sexta-feira (16), Polícia Civil havia informado que o desaparecimento do jovem estava sendo investigado como latrocínio – roubo seguido de morte. Também na sexta (16), por vídeo, o secretário de Segurança Pública do Espírito Santo, Eugênio Ricas, ressaltou que principais suspeitos do crime já tinham sido identificados.>
No sábado (17), um dos criminosos (Weliton Jones da Silva) foi preso e o corpo foi localizado. Outros suspeitos, Caio Mendes Chaves e João Paulo Brandão de Brito, continuam foragidos. >
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta