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Publicado em 7 de fevereiro de 2022 às 20:38
Após denunciar ter sido estuprada por um enfermeiro, uma adolescente de 13 anos, internada no Hospital Infantil e Maternidade Alzir Bernardino Alves (Himaba), em Vila Velha, agora tem acompanhante 24 horas. A medida foi implementada pela direção da unidade para que a menina não fique mais sozinha, já que a violência sexual teria sido praticada enquanto ela estava desacompanhada.>
A informação é da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) que, em nota, disse que "a direção do hospital permanece prestando total amparo, atendimento e acolhimento à menor, bem como acatando qualquer ordem judicial a respeito do caso. A unidade disponibilizou um profissional para acompanhamento da paciente durante 24 horas. A equipe multidisciplinar da instituição estabeleceu contato com os responsáveis pela paciente.">
Questionada sobre o início do acompanhamento 24 horas e se a medida era uma decisão do hospital ou determinação de outra instituição, a Sesa não respondeu. Assim que o órgão se manifestar, a matéria será atualizada. >
O caso está sendo investigado pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) após uma técnica de enfermagem registrar boletim de ocorrência na sexta-feira (4) a partir de relatos da adolescente, que está hospitalizada há cerca de três meses devido a problemas psicológicos.>
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O boletim de ocorrência indica que, na quinta-feira (3), a adolescente estava no quarto, deitada na cama, quando o enfermeiro entrou e trancou a porta. Ele, então, teria mandado a menina tirar toda a roupa e feito o mesmo logo em seguida. Na sequência, o enfermeiro manteve relações sexuais com a adolescente, ainda segundo o registro policial. >
Após o abuso, o funcionário teria feito ameaças à garota com uma arma, dizendo que, se ela contasse o que havia acontecido, mataria toda a sua família. "O bagulho é mais embaixo", teria dito o enfermeiro, segundo a adolescente.>
A Polícia Civil não deu novas informações sobre o caso. A assessoria de imprensa da instituição foi procurada para esclarecer sobre exames na adolescente e andamento do caso, mas, em nota, disse apenas que "detalhes não serão divulgados para preservar a investigação.">
O enfermeiro suspeito de praticar o estupro foi desligado do quadro do hospital. A Sesa menciona, também em nota, medidas administrativas em relação ao ex-funcionário, porém não descreveu que providências podem ser adotadas além do encerramento do contrato. >
"Vale ressaltar que medidas administrativas estão sendo adotadas quanto ao funcionário, que já foi desligado do quadro de colaboradores. A direção do Himaba está à disposição das autoridades para colaborar na apuração do fato e destaca que repudia qualquer situação de violência, assédio moral e sexual", finaliza a Sesa. >
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