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Chuva no ES: mesmo com 200mm, Vila Velha não apresentou caos de costume

Chuva no ES: mesmo com 200mm, Vila Velha não apresentou caos de costume

Vice-prefeito destaca obras de microdrenagem para melhoria do cenário; fortes chuvas ainda deixaram vários bairros alagados nesta segunda-feira (2) e mais obras precisam ser feitas

Publicado em 2 de março de 2020 às 22:57

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Rua Jardim Mirim, no bairro Cobilândia estava debaixo d'água nesta segunda-feira (2). (Vitor Jubini)

Foram 24 horas e quase 200 milímetros de chuva em Vila Velha. Há algum tempo, essa quantidade de água – maior que a média histórica para todo o mês de março, que é de 134 mm – em um curto intervalo de tempo, como aconteceu, seria sinônimo de caos generalizado. Transtornos não faltaram, mas o cenário foi melhor do que o observado em situações semelhantes no passado.

A Gazeta conversou com o vice-prefeito Jorge Carreta (PP) para entender o que foi feito na cidade e o destaque recaiu basicamente para ações que se resumem em um único ramo: microdrenagem. Ou seja, ações que melhoram a absorção e o escoamento das águas pelo solo, tais como:

  • Limpezas diárias nas estações de bombeamento;
  • Troca e desassoreamento de manilhas;
  • Desobstrução de bocas de lobo e bueiros;
  • Limpeza de redes, canais e galerias.

A reconstrução da malha de drenagem e novas camadas asfálticas também estão entre as medidas adotadas com o objetivo de minimizar os impactos das fortes chuvas. Até esta semana, pelo menos cinco bairros já foram beneficiados com a realização de tais obras: Santa Inês, Ilha das Flores, Itapuã, Coqueiral de Itaparica e Boa Vista.

Além disso, Carreta também ressaltou a profissionalização do serviço das estações de bombeamentos do município, que aconteceu em 2018. A empresa contratada também faz a execução emergencial de serviços de operação e manutenção de estações e comportas de Vila Velha. “Saímos do amadorismo”, resumiu.

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Todas essas atitudes, porém, não foram suficientes para evitar inúmeros prejuízos para quem mora em bairros como Ulysses Guimarães, Barra do Jucu, Divino Espírito Santo, Aribiri, Santa Paula e Grande Cobilândia – regiões que foram muito castigadas com as últimas chuvas. Abaixo, você confere algumas das principais ocorrências:

Depois do temporal, moradores de Vila Velha tentavam voltar à vida normal. (Vitor Jubini)

  • Uma mulher ficou ilhada na região da Barra do Jucu;
  • Diversas casas ficaram alagadas nos bairros São Conrado, 23 de Maio e Terra Vermelha;
  • Ruas e estabelecimentos comerciais ficaram inundados em Nova América;
  • Escolas de 12 bairros tiveram as aulas suspensas por causa dos acessos comprometidos pela água.

Para resolver tal situação, no entanto, seriam necessárias obras de macrodrenagem. “Isso fica por conta do Governo Estadual, que já anunciou que neste mês fará a primeira licitação. Nela estão previstas quatro estações de bombeamento. Ao final de todo o processo, terão sido investidos R$ 400 milhões”, adiantou Carreta.

Enquanto isso, a Defesa Civil Municipal seguirá em nível de atenção por causa das últimas chuvas. Até a noite desta segunda-feira (2), Vila Velha tinha 26 pessoas desalojadas. “Esse número ainda pode aumentar, mas estamos acompanhando essa questão das chuvas com lupa”, garantiu o vice-prefeito.

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