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PIB do ES bate recorde e atinge R$ 242 bilhões em quatro trimestres

PIB do ES bate recorde e atinge R$ 242 bilhões em quatro trimestres

Levantamento feito pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) mostra que, no acumulado do ano, a economia capixaba teve crescimento de 3%

Publicado em 9 de dezembro de 2025 às 15:54

Pelotas de minério de ferro produzidas pela Samarco
Pelotas de minério de ferro: indústria ajudou a impulsionar o PIB do Espírito Santo Crédito: Jefferson Rocio

Espírito Santo alcançou um recorde histórico no seu Produto Interno Bruto (PIB), atingindo o valor nominal de R$ 242 bilhões no acumulado dos últimos quatro trimestres. O valor é o maior da série histórica iniciada em 2002.

A economia do Estado registrou uma alta de 3% no acumulado do ano, comparando o período de janeiro a setembro de 2025 com a mesma época de 2024. O resultado está acima da média nacional, que foi de 2,4% no mesmo intervalo de tempo. 

O avanço do PIB do Espírito Santo, de janeiro a setembro, foi impulsionado pelo desempenho positivo nos três principais setores da economia: agropecuária (11,1%), indústria (3,3%) e serviços (2%). Os dados são de estudo realizado pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN)

No último trimestre, em comparação ao imediatamente anterior, houve retração de 1,7%. De julho a setembro, foi registrada queda de 2,6% na agropecuária e de 0,6% nos serviços, enquanto a indústria cresceu 2,5%. A queda no agro foi devido ao trimestre ser posterior à colheita do café, cultura que representa 53% do setor no Estado.

Já a queda do setor de serviços foi observada especificamente naqueles prestados às famílias, que incluem atividades como restaurantes, salões de beleza e lazer. Essa atividade ainda estaria sob a influência da inflação, que persiste acima do centro da meta de 3% no acumulado de 12 meses

Para o fechamento de 2025, as projeções indicam que o Espírito Santo deve acumular um PIB de 3,2%, sendo o maior crescimento entre os estados do Sudeste, acompanhado por dados favoráveis de desocupação abaixo da média nacional, de acordo com o diretor-presidente do IJSN, Pablo Lira.

Esse resultado se deve, em grande parte, à colheita do café e às previsões de aumento na produção. Embora o ano de 2025 seja marcado pela bienalidade negativa do café arábica (com previsão de queda de 14,7% na produção), a previsão para o café conilon é de um aumento significativo de 30,5%, segundo Antonio Freisbelem, diretor de projetos especiais do IJSN.

Outras culturas com previsão de crescimento incluem pimenta do reino (13,7%), mamão (4%) e cacau (3%).

A indústria também contribuiu fortemente para a alta de 3% do PIB, registrando um crescimento de 3,3% no acumulado do ano. O setor foi beneficiado pela indústria extrativa, com o aumento da produção de petróleo e gás, impulsionada principalmente pelas atividades da FPSO Maria Quitéria, da Petrobras, e também pelo aumento da produção de pelotas de minério de ferro pela Samarco.

O setor de serviços – que, junto ao comércio, representa entre 65% e 70% do PIB do Estado – registrou expansão de 2% no acumulado do ano. Dentre as atividades, os serviços prestados às famílias demonstraram uma expansão de 12,9% no acumulado no ano.

Expectativa para o acumulado de 2025

As projeções indicam que o Espírito Santo deve fechar 2025 com crescimento superior à média nacional. Segundo as estimativas divulgadas pelo Banco do Brasil, o PIB capixaba deve crescer 3,2% ao final dos 12 meses deste ano.

Essa projeção está coerente com os dados calculados pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), de acordo com Pablo Lira. Com esse resultado, o Espírito Santo seria o estado do Sudeste com o maior crescimento em 2025, superando Minas Gerais (2,4%) e Rio de Janeiro/São Paulo (1,8%).

O diretor-presidente do IJSN complementa que a tendência de crescimento acima da média nacional é confirmada por outros indicadores macroeconômicos, como o mercado de trabalho.

"Olhando também o mercado de trabalho, foi confirmado agora no terceiro trimestre o Espírito Santo com a terceira menor taxa de desocupação entre os estados brasileiros, 2,6%, sendo que a média nacional está em 5,6%. Isso sugere uma tendência de finalizar o ano com o crescimento da economia acima da média nacional e a desocupação abaixo da média nacional", afirma Lira.

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