Repórter / [email protected]
Publicado em 19 de maio de 2025 às 17:25
O Ministério da Agricultura e Pecuária confirmou, na última quinta-feira (15), o primeiro foco de gripe aviária em uma granja comercial. O caso foi registrado em Montenegro, no Rio Grande do Sul, e levou diversos países – como China, União Europeia e Argentina – a suspenderem a compra de frango do Brasil. Essa medida causa temor em agricultores do Espírito Santo, um dos maiores produtores de aves do país, e dúvidas sobre como vão ficar os preços para os consumidores.>
Em entrevista à CBN Vitória, nesta segunda-feira (19), o secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), Enio Bergoli, destacou que menos de 3% das aves e menos de 2% dos ovos produzidos em território capixaba são exportados. O bruto da produção é destinada ao mercado nacional. >
Enio Bergoli ainda ponderou que os protocolos para suspender as importações são diferentes em cada país. Em alguns, como Japão, Emirados Árabes, Reino Unido, Filipinas e Arábia Saudita, há acordos regionalizados que não levam à suspensão total da compra de ovos e carne.>
“O Brasil é um país continental. Então, para a maioria dos países, nós temos acordo comercial com princípio da regionalização onde o impacto é em um raio de 10km no entorno de onde ocorreu o foco. Fica suspensa a compra dali, mas o restante do país fica liberado. Os países não vão aceitar apenas dessa região, mas tem outros com protocolos diferentes que colocam um embargo de 60 dias. À medida que a gente vai demonstrando que somos eficientes em controlar esse foco, talvez não fique nem 60 dias. São negociações bilaterais”, declarou. >
>
O secretário de Agricultura acredita que a gripe aviária não vai se espalhar pelo país. Mas, caso ocorra, os preços de ovos e frangos poderão cair, devido a uma maior oferta no mercado interno de produtos que antes iam para o exterior.>
“No exagero, que eu creio que não vai acontecer, de pintarem mais focos como um todo, obviamente a gente vai ter restrições. Uma quantidade maior vai ser direcionada para o mercado interno. Uma tendência da economia como um todo. Sempre quando tem uma oferta maior, você tem preços um pouco menores. Mas é muito cedo para avaliar”, explicou.>
Enio Bergoli
Secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag)Na avaliação do secretário de Agricultura, essa redução nos preços não duraria muito tempo, uma vez que o ciclo das aves, do nascimento até o abate, dura até 42 dias, período em que o mercado se reajustaria.>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta