Publicado em 26 de outubro de 2020 às 19:22
Os municípios do Espírito Santo vão receber, nesta terça-feira (27), R$ 39 milhões em repasses do governo do Estado. Os recursos foram obtidos por meio de acordo com a Petrobras referente ao pagamentos de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O anúncio foi feito pelo governador Renato Casagrande na tarde desta segunda-feira (26), em transmissão pelas redes sociais.>
Em agosto, o governo estadual havia anunciado que o valor repassado seria de R$ 47,5 milhões. Contudo, o cálculo foi refeito, desta vez excluindo o montante equivalente às multas pagas pela petroleira. Com isso, ele foi reduzido para R$ 39 milhões. >
Renato Casagrande
Governador do Espírito SantoA divisão do dinheiro entre as prefeituras vai seguir o Índice de Participação dos Municípios (IPM) - sobre o qual é feita a divisão do ICMS repassado pelo Governo do Estado. Dessa forma, a maior fatia do recurso ficará para os municípios de Vitória, Serra, Linhares, Vila Velha e Cariacica.>
Também participou da transmissão o presidente da Associação dos Municípios do Espírito Santo (Amunes), o prefeito de Viana Gilson Daniel. Segundo ele, o recurso será importante não só para que as cidades possam fazer investimento, mas também para que os prefeitos acertem as contas no fim dos mandatos. >
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"É importante para que (os prefeitos) possam encerrar os mandatos e deixar os municípios tranquilos, para que os novos gestores tenham tranquilidade para gerir os municípios sem dívida a partir do ano que vem", disse. >
Casagrande ressaltou que, além de ter valor político, o repasse permitirá que prefeituras encerrem o ano com os gastos dentro das normas da Lei de Responsabilidade Fiscal. >
"O Estado tem nota A em gestão fiscal e isso cria um ambiente adequado de competitividade e respeito perante o Brasil. Isso também tem que se repetir em cada município, independentemente de quem vai governar cada cidade", avalia o governador. >
O restante do dinheiro obtido no acordo com a Petrobras, cerca de R$ 152 milhões, ficará com o Estado e será depositado no Fundo de Infraestrutura. O Fundo foi criado no ano passado e tem contribuído para manter os investimentos estaduais, mesmo durante o período de queda de receita provocada pela pandemia do novo coronavírus.
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"O que cabe ao Estado vamos fazer, aplicando em obras importantes de infraestrutura para o desenvolvimento do Espírito Santo. Uma vez que é um recurso extra que não virá em outros anos", afirmou Casagrande.
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O trabalho para colocar fim às disputas judiciais está sendo desenvolvido por auditores fiscais da Secretaria da Fazenda (Sefaz) desde 2018.
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Inicialmente, o convênio ICMS 146/19 não beneficiaria o Espírito Santo, já que ele foi pensado para refinarias de petróleo. Como não existem tais empreendimentos no Estado, as disputas judiciais entre a Petrobras e o Estado continuariam.>
Não temos refinarias, mas temos duas unidades de processamento de gás natural. Então fizemos estudos e levantamentos fiscais acerca dessas atividades aqui no Estado, o que fundamentou nossa sugestão de aplicação do modelo de convênio para a realidade capixaba, explicou a auditora fiscal Renata Jardim, componente da equipe que participou das tratativas.>
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