Publicado em 2 de maio de 2020 às 16:55
O governo do Espírito Santo estuda fazer um rodízio com os segmentos da indústria e o setor de serviços como uma forma de diminuir os impactos gerados pelo fechamento do comércio na Grande Vitória, prorrogado até o próximo dia 10, devido à crise do novo coronavírus. O anúncio foi feito pelo governador Renato Casagrande (PSB) na tarde deste sábado (2). >
Estamos discutindo esta semana como fazer essa substituição. Se o comércio voltar a funcionar, o que poderá ser paralisado neste momento para substituir essa interação. Vamos avaliar se é possível fechar algum setor da indústria ou alguma atividade de um serviço específico. Precisamos deste debate para que o sacrifício não fique apenas com o comércio. Se puder dividir, será melhor, destacou o governador. >
Casagrande ressaltou que o debate com as federações nesse sentido começou neste sábado. Ele lembrou que a medida restritiva de manter lojas e shoppings fechados por mais uma semana foi tomada baseada na ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), que atualmente está em 68%. O governador afirmou ainda que o isolamento social não consiste somente no fechamento do comércio. >
Medidas restritivas se mantêm, ao mesmo tempo que estamos avaliando essa possibilidade de substituir esse isolamento por outras atividades que hoje estão permitidas e que poderiam dar a contribuição e ficar 15 dias sem funcionar, por exemplo, para que a gente possa voltar com a atividade do comércio com regras muito mais rigorosas, afirmou. >
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O governador acrescentou que é preciso criatividade, para que não se penalize apenas um setor da economia. Começamos os debates hoje. Precisamos ver qual o número de trabalhadores da indústria e serviços, desde que não sejam os essenciais, para ver a quantidade de mão de obra e deslocamento na região metropolitana. Precisamos, neste momento, ter criatividade para manter o isolamento social para não penalizar apenas os comerciantes, afirmou. >
A Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) informou, por meio de nota, que a atividade econômica integra indústria e comércio e os setores operam conjuntamente. Disse ainda que o debate sobre a retomada da atividade tem sido feito com base numa construção coletiva no Espírito Santo. >
Todos os setores estão em permanente diálogo, buscando o caminho mais equilibrado para o enfrentamento desse momento tão delicado. A indústria do Espírito Santo, além de atender o mercado local e nacional, atua também em cadeia global, conectada ao mercado internacional, abastecendo regiões que estão saindo da pandemia, como a Ásia", ponderou a entidade.>
"Independentemente de decisões de empresas ou governos, o enfrentamento da pandemia depende também da atitude individual de cada cidadão: todos devem usar máscara, seguir padrões de higiene lavando as mãos com água e sabão ou álcool em gel e observar as normas de distanciamento social. E quem puder, deve ficar em casa, trabalhando à distância, observando o isolamento social e utilizando as tecnologias disponíveis e que estão se revelando muito eficientes. Esta é uma batalha que devemos enfrentar juntos, completa a nota.>
O presidente da Federação do Comércio de Bens e Serviços do Espírito Santo (Fecomércio-ES), José Lino Sepulcri, disse que a proposta de rodízio partiu da entidade. >
"A sugestão que demos foi de um segmento trabalhando três dias, às segundas, quartas e sextas, e o outro às terças, quintas e sábados. Demos uma série de sugestões. Entendemos que o governador não é um dificultador, ele está convivendo com uma situação de difícil solução. O pouco tornou-se muito, é algo com que já temos que conviver. Na atual conjuntura, tudo que o governo oferecer no intuito de facultar a abrir o comércio nós aceitamos", afirmou.>
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