Publicado em 19 de outubro de 2019 às 08:35
Há tempos o Espírito Santo produz e exporta suas riquezas para o mundo. Café, rochas, celulose, pimenta do reino, entre outras - todas relacionadas direta, ou indiretamente, com a natureza. Porém, a produção e exportação de outro tipo de riqueza está ganhando força no Estado: a tecnológica.>
Segundo representantes deste setor no Espírito Santo, a cada dia surgem novos empreendedores interessados em desenvolver soluções para os problemas do dia a dia por meio de startups. Com isso, aumenta procura por incubadoras, aceleradoras e ambientes de inovação, como um todo.>
A gente tem visto e acompanhado muito esse ambiente. O Espírito Santo tem vivido um momento muito favorável para startups. Nos últimos três anos, principalmente, vemos algumas ações que buscam integrar o governo, a indústria, a sociedade civil e as academias. Isso contribui bastante para esse nosso momento e o desenvolvimento de empresas que têm dado certo, avalia o diretor de Extensão Tecnológica do Ifes, Rodolpho da Cruz Rangel.>
De acordo com dados da Associação Brasileira de Startups (ABStartups), Vitória está em nono lugar no ranking de densidade de startups (na relação número de startups x população), aparecendo à frente de grandes centros como Belo Horizonte, São Paulo e Porto Alegre. Já são 119 startups capixabas, que crescem e se consolidam no mercado.>
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Exemplos de empresas de sucesso não faltam. Além da PicPay, que já se tornou uma gigante entre as fintechs - empresas de tecnologia voltadas para o mercado financeiro -, há soluções para o descarte de resíduos, com a Destine Já, que dá a destinação correta para os resíduos das empresas; para o pagamento de estacionamentos rotativos por meio do celular, com a PayParking; entre outras startups que ainda estão surgindo.>
Um dos empreendedores que está no mercado em busca de espaço é o contador Edval de Oliveira. Ele é o idealizador da Bauner, uma fintech de automação financeira para as empresas.>
Sou contador há 18 anos e convivendo com as empresas, vi que elas iam à falência por falta de gestão, não por não saber fazer o que se propunham. Um marceneiro, por exemplo, faz muito bem a parte dele, mas tem muito problema para organizar o caixa, comenta.>
É esse problema que Edval quer ajudar a resolver. Os donos de pequenos negócios não têm tempo para fazer o controle financeiro diário. Para isso, criei o Bauner. A pessoa pode fazer todas as transações financeiras por dentro dele e, ao final do mês, vai ser possível ver todo o fluxo de caixa - quanto entra, quanto sai e se programar melhor, explica Edval.>
De Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Estado, vem solução para um dos problemas da área que mais movimenta a economia da região. Thales Lemos trabalhava no setor de rochas quando se deparou com um problema: não conhecia o produto pedido por um cliente.>
Nesse momento, percebi que tinha uma oportunidade. O mercado de rochas às vezes é meio nebuloso, com uma empresa vendendo um tipo de pedra pelo valor x e outra empresa vendendo o mesmo produto por 3x, comenta.>
E assim surgiu a StonesPrice, que oferece diferentes orçamentos para quem deseja comprar pedras ornamentais. Hoje quando um comprador tem interesse, ele pode entrar em contato conosco que eu entrego o orçamento pronto. Agora vamos expandir para fazer a análise de risco do comprador, assim vamos acabar com um gargalo importante que é a questão da inadimplência, afirma Thales. >
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