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Publicado em 23 de outubro de 2025 às 11:26
O Espírito Santo teve uma queda de 25% em exportações para os Estados Unidos após o tarifaço de 50% imposto por Donald Trump a produtos brasileiros, o equivalente a uma perda total de US$ 64,86 milhões (cerca de R$ 350 milhões). Os dados constam em um levantamento inédito do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre) sobre os impactos das mudanças tarifárias sobre os estados, ao qual A Gazeta teve acesso.>
Os pesquisadores analisaram as exportações brasileiras para os Estados Unidos em setembro de 2025 na comparação com o mesmo mês de 2024, a partir de informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. O estudo já havia sido feito em agosto, no primeiro mês de vigência das tarifas. Como naquele período alguns produtores anteciparam as exportações para não serem impactados, a avaliação atual apresenta uma análise mais precisa.>
Em perdas totais, o Espírito Santo ocupa a sétima colocação no país.>
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Quando avaliadas as quedas percentuais, o Estado teve uma redução de 25,1% nas exportações para os Estados Unidos.>
O estudo revelou que os produtos mais impactados no Espírito Santo foram os extratos, essências e concentrados de café, com queda de 72% nas exportações, e granitos trabalhados (-65,9%). São itens que acabaram não sendo isentos das tarifas.>
O estudo demonstrou que o tarifaço segue pressionando as vendas brasileiras aos Estados Unidos. Enquanto o Nordeste concentra quatro dos seis maiores tombos percentuais, os estados do Sul e Sudeste lideram as perdas em dólares.>
Na avaliação dos pesquisadores, três causas semelhantes impactaram no resultado do Nordeste: pauta muito concentrada (poucos produtos e poucas empresas), maior presença de itens tarifados e logística irregular (embarques concentrados e adiantados em alguns meses, o que cria picos e, depois, quedas fortes).>
Em relação aos estados do Sul e Sudeste, a avaliação é de que o impacto não foi influenciado pelo efeito de base pequena, já que são fortes na indústria, e sim pela tarifa e alta disputa de preços com os Estados Unidos, resultando em perdas maiores em dólares.>
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