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ES 500 anos aponta metas para fortalecer economia capixaba em 10 anos

ES 500 anos aponta metas para fortalecer economia capixaba em 10 anos

Elaborado em parceria do ES em Ação com o governo do Estado, plano traça metas para o desenvolvimento capixaba em cinco áreas até 2035

Publicado em 3 de julho de 2025 às 20:28

Apresentação do plano ES 500 anos, no Cais das Artes
Plano ES 500 anos foi apresentado no Cais das Artes, nesta quinta-feira (3) Crédito: Governo do ES

O desenho para o desenvolvimento sustentável do Espírito Santo na próxima década foi traçado pelo plano ES 500 anos, apresentado nesta quinta-feira (3) em evento realizado no Cais das Artes, na Enseada do Suá, em Vitória.

O plano, considerado de desenvolvimento de longo prazo e de Estado – e não de governo –, projeta as ações para as quais o Espírito Santo deve direcionar suas estratégias até 2035, ano que será completados os 500 anos do início da colonização do Estado. Um dos destaques do estudo que planeja o futuro capixaba está no campo da economia, com metas inovadoras, diversificadas e sustentáveis.

O plano estabelece ainda metas e estratégias claras para promover o desenvolvimento sustentável do Estado até 2035, com foco em outras quatro missões: polo de competências; cuidado integral; sustentabilidade e resiliência climática; e um Espírito Santo ágil e inteligente. O estudo foi desenvolvido em parceria do governo do Espírito Santo com a ONG ES em Ação 

O secretário de Estado de Economia e Planejamento, Álvaro Duboc, falou que o plano chega num momento em que, mais uma vez, o Espírito Santo é desafiado a se reinventar, principalmente diante das mudanças impostas pela reforma tributária para os próximos anos. 

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ES 500 anos aponta metas para fortalecer economia capixaba em 10 anos

"Somos destaque nacional em diversas políticas, como segurança pública, educação e saúde, fruto de um Estado organizado, com um planejamento bem estruturado e comprometido com a responsabilidade fiscal. Estamos renovando a visão de futuro, as metas e os desafios a serem superados nos próximos anos. O ES 500 Anos passa a ser, a partir de hoje, a bússola de todos os capixabas para que possamos colher resultados ainda mais promissores na próxima década”, pontuou.

As missões do projeto ES 500 anos foram apresentadas por André Coutinho, da consultoria Symnetics, que desenvolveu a metodologia, e pela economista e consultora Silvia Varejão. As metas foram elaboradas a partir de perguntas a respeito de que Estado gostaríamos de ter em 2035. 

"As missões nos dão um caminho que o Espírito Santo vai percorrer nesses próximos 10 anos para que consiga alcançar essa cultura que foi traçada", afirma Silvia.

No campo da economia, Sílvia detalha que o plano visa ao desenvolvimento de uma economia altamente competitiva, sustentada por uma infraestrutura estratégica e por um ambiente de negócios moderno, favorável ao empreendedorismo e à inovação, além da atração de investimentos.

"E é exatamente a missão que irá nos dar esse essa resposta. A missão 1 tem como grande propósito consolidar o desenvolvimento inovador sustentável. Inclusive, de forma a contribuir para a redução das desigualdades sociais e regionais, promovendo a complexidade econômica do Espírito Santo", afirma a economista.

Metas estabelecidas no ES 500 anos para o desenvolvimento da missão número 1, voltada para uma economia inovadora, diversificada e sustentável.

  • Alcançar o top 5 Estados em complexidade econômica
  • Reduzir a taxa de pobreza para menos de 10%
  • Posicionar o Espírito Santo entre os cinco Estados mais inovadores
  • Alcançar o top 5 em rendimento nominal mensal domiciliar
  • Alcançar o top 5 em produtividade do trabalho

Metas para áreas da economia do ES

Potencializar

  • Agrolimentar
  • Saúde, bem-estar e ciências de vida
  • TICs (Tecnologias de Informação e Comunicação)
  • Turismo e lazer
  • Economia Criativa

Desenvolver

  • Energia
  • Logística
  • Bioeconomia e tecnologias verdes
  • Minero-metalúrgico e metalmecânico
  • Economia azul
  • Química

Manter e crescer

  • Celulose
  • Rochas ornamentais
  • Madeiras e móveis
  • Confecção, têxtil e calçados
  • Construção
  • Petróleo e gás

O governador Renato Casagrande destacou que o planejamento apresentado pelo plano ES 500 anos consolida a cultura capixaba de planejar, conquistar e ter sucesso. 

"Nós temos essa cultura de planejar a longo prazo. Analisamos o que vivenciamos nesses últimos anos, a forma em que o Estado, o mundo e até nossas vidas mudaram. Em 2006, planejamos até 2025. Depois, planejamos até 2030 e, agora, até 2035. No início, não tínhamos tanta tecnologia disponível quanto agora. Hoje o mundo é totalmente horizontal. O cidadão tem acesso fácil aos governantes e temos que mudar a forma de governar. E o Espírito Santo está conseguindo se adequar a este momento que estamos vivendo", destacou. 

O presidente do ES em Ação, Nailson Dalla Bernadina, explica que o plano simboliza o compromisso com o futuro do Estado, baseado em diálogo aberto com diferentes setores. “A sociedade é a grande responsável pelo Espírito Santo. O ES 500 anos tem o potencial de colaborar com diretrizes claras para o acompanhamento de toda a população. Parabenizo todos os envolvidos nesta construção, especialmente pela governança que foi constituída para acompanhar a execução deste plano”, disse 

Outras metas do ES 500 anos

Além da economia, o plano ES 500 Anos estabelece também metas para o desenvolvimento de competências, na área da educação; cuidado integral, com metas voltadas para a saúde;  uma série de medidas voltadas para a sustentabilidade; ainda outras metas para desenvolvimento de um Estado ágil e inteligente.  

Plano feito com participação da sociedade

O Plano ES 500 Anos é resultado de um processo com a participação de vários setores da sociedade. Ao longo de 2024, foram realizadas oficinas regionais em 10 microrregiões capixabas, 34 oficinas temáticas, um evento específico sobre Tecnologias Emergentes e mais de 120 entrevistas com especialistas de diferentes áreas.

No total, mais de 1.700 pessoas contribuíram diretamente para a formulação do plano, representando mais de 230 instituições, órgãos públicos e empresas. E também contou com a participação do setor acadêmico.

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