Publicado em 10 de março de 2021 às 18:22
- Atualizado há 5 anos
A Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) iniciou os trabalhos para resgatar a estrutura original dos armazéns 4 e 5 do Cais Comercial do Porto de Vitória. As edificações foram construídas entre as décadas de 1940 e 1950 mas, em 1992, foi erguido um galpão entre os dois armazéns que agora será demolido.>
O anexo não faz parte do projeto original do porto e ocupa uma área de mais 1.000m², que estará disponível para atividades portuárias. O projeto em execução contempla demolição, pavimentação e cercamento da área.>
Segundo a Codesa, a obra custará R$ 540 mil e, além de criar um novo espaço operacional no porto, dará uma contribuição histórica para a cidade, com a restauração da estrutura original do porto, que neste mês completa 115 anos. No local será instalado um gradil, permitindo que a população tenha um novo ângulo para ver o cais. >
O serviço começou no final do mês passado e a conclusão está prevista para o segundo semestre deste ano. O piso do novo espaço operacional, com capacidade de 3tf/m² (toneladas força por metro quadrado), será feito em bloco de concreto intervalado, seguindo o atual padrão dos berços. Já o fechamento para a rua terá gradil idêntico ao já existente no Cais. >
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O processo de desestatização da Codesa, que prevê a venda do controle da empresa e a concessão dos serviços portuários, inclui a obrigação da nova empresa fazer investimentos para reformar os históricos armazéns do Porto de Vitória. O leilão está marcado para o fim deste ano.>
A Codesa possui cinco armazéns e dois anexos, localizados na Avenida Getúlio Vargas, no Centro de Vitória. Ao todo, eles ocupam uma área de 8,8 mil metros quadrados. Recentemente, a Prefeitura de Vitória manifestou interesse em assumir a gestão de um dos espaços para fazer um polo gastronômico e cultural, como noticiou o colunista Leonel Ximenes.>
A Gazeta também já mostrou que os documentos que embasam a proposta de concessão elaborada pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), preveem um investimento de R$ 3,34 milhões na reforma dos galpões e implantação da calçada cidadã. As obras seriam entregues já no primeiro ano de concessão, ou seja, em 2022.>
De acordo com o estudo, serão necessários investimentos obrigatórios na manutenção e reparo estrutural dos armazéns. Entre as melhorias estão a manutenção das calhas, instalações hidráulicas, recomposição da estrutura de concreto, recuperação do reboco e pintura. >
O projeto ressalta ainda a urgência de intervenções nos locais onde é possível observar a queda de placas de concreto, o que pode colocar em risco os pedestres. O relatório destaca que os armazéns já possuem uma vida longa, mas não se encontram no fim de sua vida útil, sendo necessária uma reforma geral.>
Os galpões da Codesa foram construídos na época do boom do café no Espírito Santo. Atualmente eles estão inutilizados porque os grãos de café são exportados em sacas dentro de contêineres. >
O projeto prevê que a nova operadora do porto terá ampla liberdade para destinar as áreas dos armazéns da forma que preferir, podendo sugerir alterações no Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) do Porto de Vitória que permitam o desenvolvimento de projetos que gerem receitas alternativas. >
São citados exemplos como o polo turístico Estações Docas, no Porto de Belém do Pará, que é arrendado. O estudo mostra ainda que esse tipo de área tem permissão para uso em diversas atividades, como de caráter cultural, social, recreativo, comercial e até industrial, e que elas podem ser exploradas por autorização e cessão de uso onerosa (aluguel ou arrendamento). Veja também Donos de terminais no Porto de Vitória não poderão comprar a Codesa>
Segundo estudo de mercado realizado da Antaq, o preço médio do aluguel, após pesquisas com imobiliárias locais, ficaria na faixa de R$ 25 por m². O edital prevê ainda uma receita de R$ 582 mil em aluguéis, em 2022.
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