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Um ano depois, caixas d'água que caíram em Cariacica geram reclamações

Um ano depois, caixas d'água que caíram em Cariacica geram reclamações

Sucatas foram colocadas em terreno ao lado do condomínio; moradores reclamam de riscos às crianças e da proliferação de mosquitos

Publicado em 27 de dezembro de 2021 às 20:01

Trabalho de retirada da caixa d'água do Residencial São Roque I, em Padre Gabriel, Cariacica
Trabalho de retirada da caixa d'água do Residencial São Roque I, em Padre Gabriel, Cariacica Crédito: Fernando Madeira
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Um ano depois, caixas d'água que caíram em Cariacica geram reclamações

As ferragens das caixas d'água que desabaram em um condomínio de Cariacica, na Grande Vitória, em dezembro de 2020, continuam no mesmo local e moradores reclamam sobre os riscos. Uma pessoa morreu no acidente, que completará um ano na próxima quinta-feira (30).

As duas caixas d'água de aço, de cerca de 15 metros de altura cada, caíram no condomínio São Roque, no bairro Padre Gabriel. Na época, o local tinha sido inaugurado há duas semanas. O bombeiro hidráulico Jucelino Roncon, que fazia reparos nas estruturas, morreu.

Agora, os moradores reclamam que as sucatas das caixas continuam em um terreno ao lado do condomínio. Os destroços, que já apresentam partes enferrujadas, são usados por crianças para brincar.

"As crianças acabam brincando em cima dessas caixas d'água e, como as pontas delas estão enferrujadas, corre-se o risco de uma criança escorregar, se cortar e acontecer uma coisa pior", disse Vanderli do Nascimento, morador do condomínio .

Nascimento ainda contou que algumas mães dizem que os filhos revivem o trauma do desabamento ao verem as caixas d'água. "Traz uma lembrança ruim para as crianças que presenciaram toda aquela correria. Infelizmente o rapaz [bombeiro hidráulico] faleceu", relatou.

Outra preocupação dos moradores é o acúmulo de água da chuva nesses reservatórios, que podem propiciar a proliferação de mosquitos. Uma das caixas d'agua atingiu a laje de um dos prédios, danificando um apartamento. Na ocasião, a construtora do condomínio realizou o conserto em 15 dias e, no lugar das caixas, instalou vários reservatórios menores.

Mas, segundo Nascimento, a construtora do condomínio ainda não definiu quando a ferragem retorcida será retirada. "A ideia do condomínio é vender essas caixas d'água para que a gente possa fazer melhorias dentro do condomínio. Então a gente precisa de uma resposta para saber: podemos vender ou fazer o que tem que ser feito com essas caixas", questionou.

O QUE DIZ A EMPRESA RESPONSÁVEL

Em nota, a Cobra Engenharia, construtora do condomínio, informou que ainda está aguardando o resultado pericial das caixas e, por esse motivo, elas ainda não foram removidas. A empresa disse ainda que há um processo judicial de produção antecipada de provas e essas caixas são peças para essa perícia judicial.

Por sua vez, a Polícia Civil informou que a perícia já foi feita, que as duas caixas já foram periciadas e liberadas para a construtora. O inquérito policial sobre caso está em andamento e aguardando o laudo pericial da criminalística da PC para prosseguir com as investigações e ser finalizado.

Com informações de Diony Silva, da TV Gazeta, e do G1 ES

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