Repórter / [email protected]
Publicado em 1 de junho de 2022 às 19:39
A região da Grande Santo Antônio, em Vitória, deve receber nos próximos três anos obras de macrodrenagem para minimizar os impactos dos alagamentos para 22 mil moradores de sete bairros. O edital para escolher a empresa que fará o projeto e execução da intervenção foi lançado pela prefeitura nesta terça-feira (31). O investimento, de até R$ 144 milhões, será feito com recurso próprio do município. >
O objetivo é reduzir os alagamentos nos bairros Mário Cypreste, Santo Antônio, Inhanguetá, Estrelinha, Grande Vitória, Santa Tereza e Universitário. Parte desses locais foi ocupada a partir da década de 1980 em aterros sobre o mangue. Assim, eles sofrem não só com o acúmulo de água da chuva, mas também com o efeito da maré alta. >
Com isso, em algumas épocas do ano, mesmo que não caia um pingo de chuva, as ruas enchem de água por conta do efeito da maré. >
O secretário de obras de Vitória, Gustavo Perin, explica que essas regiões são classificadas como prioritárias para receber obras de macrodrenagem desde 2009, quando foi finalizado o Plano Diretor de Drenagem Urbana da cidade. >
>
“A região tem a parte alta e a parte baixa e tem ali toda influência da maré. Quando a maré sobe, a água entra nas ruas. Na época de chuva, com maré alta, é o caos”, destaca.>
O secretário esclarece que há três tipos de intervenções previstas: galerias, reservatórios para controle de cheias e sistema de bombeamento.>
Estão previstas duas estações de bombeamento. Uma delas será construída na entrada do bairro Grande Vitória, que fica abaixo do nível da rodovia Serafim Derenzi. Assim, a água da chuva que cai na região e nos morros do entorno fica represada no local. >
A rua Flor de Lírio, que fica logo na entrada do bairro, é uma que sofre com esses alagamentos há mais de 30 anos.>
A outra ficará localizada no bairro Mário Cypreste, na região do Manaim, que atualmente sofre com alagamentos por conta da maré alta. >
“É como uma comporta que impede que, na maré alta, a água da maré entre para a rede de drenagem. Se chove, o bombeamento joga a água de dentro para fora, minimizando o alagamento”, explica Perin. >
O edital também prevê dois reservatórios de contenção para “segurar” a água em épocas de chuvas volumosas. Um deles será no bairro Santa Tereza e outro em Inhanguetá. >
“A água da chuva canalizada (captada através dos bueiros) vai para o reservatório e se acumula. Quando a intensidade da chuva diminuir, essa água é liberada de forma controlada para evitar que se acumule nas ruas”, esclarece o secretário. >
Há ainda a previsão de construção de quatro quilômetros de galerias. Como a região foi construída sem estudo de drenagem e escoamento, acaba propiciando o alagamento. >
Por isso, essas galerias servirão tanto para acumular água na maré alta quanto para escoar a chuva. >
A partir do lançamento do edital, as empresas têm 60 dias para apresentar as propostas. O município optou por uma modalidade de contratação criada no ano passado em que uma mesma empresa é responsável por todas as etapas do projeto. Isso significa que quem for escolhido fará o projeto, as obras e o comissionamento, que é uma fase de “teste” daquela estrutura. >
De acordo com o secretário, dessa forma, é possível que as empresas apresentem soluções que são diferentes, tecnologias mais avançadas e preços mais competitivos do que aqueles previstos do anteprojeto da prefeitura. >
O contrato terá valor máximo de R$ 144 milhões e prazo de 1.080 dias (três anos). Nesse tempo, serão utilizados 180 dias (seis meses) para execução dos projetos, 720 dias (dois anos) para a execução das obras e 180 dias (seis meses) para operação assistida.>
O tempo começa a contar a partir da assinatura da ordem de serviço. >
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta