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Novo mapa de risco do ES pode definir lockdown nos próximos dias

Novo mapa de risco do ES pode definir lockdown nos próximos dias

Secretário estadual da Saúde, Nésio Fernandes, afirma que atualização do mapa que será divulgada no sábado (30) pode trazer cidades com "risco extremo", na qual há possibilidade de lockdown, prevista na matriz de risco

Publicado em 29 de maio de 2020 às 18:36

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Comércio fechado por causa do coronavírus no Centro de Vila Velha
No caso de lockdown, o comércio não essencial voltará a ficar fechado. (Carlos Alberto Silva)

A próxima atualização do mapa sobre a pandemia do novo coronavírus no Espírito Santo acontecerá neste sábado (30) e pode trazer cidades classificadas como “risco extremo” – o que resultaria na decretação de lockdown. A possibilidade foi adiantada pelo secretário estadual da Saúde, Nésio Fernandes, nesta sexta-feira (29). A fala vai no sentido contrário à afirmação feita pelo secretário do governo estadual Thyago Hoffmann, na qual descartou que o Espírito Santo vá adotar o lockdown na próxima semana

O secretário da Saúde afirmou que o Governo do Estado vai publicar a “relação de municípios que deverão tomar um conjunto grande de medidas a partir da próxima semana” e, em seguida, e relembrou que a matriz atual, adotada no último domingo (24), prevê o bloqueio total.

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Neste mês, amadurecemos o que deve acontecer nas cidades quando o risco extremo for adotado, com a possibilidade de lockdown, em que se fecha um conjunto grande de atividades econômicas e sociais, decretando um silêncio nas cidades para que as pessoas fiquem em casa

Nésio Fernandes
Secretário Estadual de Saúde
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Para que o fechamento total das cidades não seja necessário, o secretário de saúde afirmou que é preciso diminuir o número de internados e de novos óbitos e casos confirmados. “Não adianta abrir mais e mais leitos hospitalares, se a cada semana também aumenta o número de pacientes. Não adianta expandir os leitos para as pessoas morrerem nos hospitais", defendeu.  Nesta quinta-feira (28), o secretário do governo estadual Thyago Hoffman havia usado, justamente, a ampliação da capacidade hospitalar obtida nos últimos dias como justificativa para negar o uso de lockdown na próxima semana.

Novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com respirador no Hospital Jayme Santos Neves, na Serra.
Chegada de novos respiradores nesta semana teria descartado possibilidade de lockdown, de acordo com Thyago Hoffmann. (Reprodução/TV)

Mantendo o posicionamento, Nésio Fernandes reforçou o pedido para que a população siga as medidas de distanciamento social. “Se nós não melhorarmos, não vamos romper a cadeia de transmissão. Por isso, é razoável que medidas mais enérgicas sejam tomadas”, afirmou.

ALTO NÚMERO DE MORTES PREOCUPA

Subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin também participou da entrevista e revelou, a fim de complementar a fala do secretário, que a maior preocupação da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) é o alto número de mortes, registradas e previstas.

“Enquanto temos condição, temos que diminuir a circulação de pessoas para que não soframos tanto. No início desse mês, tínhamos pouco mais de 100 óbitos. Até o próximo domingo (31), esse número deve chegar próximo de 600”, projetou. Atualmente, o Espírito Santo possui 560 óbitos.

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Imagina o velório de 600 pessoas. Imagina 600 caixões enfileirados em um campo de futebol. Não são uma simples estatística, são pessoas, são histórias de vida

Luiz Carlos Reblin
Subsecretário de vigilância em saúde
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De acordo com ele, apenas 44% dos capixabas têm ficado em casa – índice abaixo do considerado ideal pelo Governo do Estado, de 55%. Por causa das viagens tradicionais em época de frio, Reblin também aproveitou para lembrar que “ir para as cidades da montanha, se acomodar em sítios ou pousadas, não é uma atitude de isolamento”.

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