A defesa de Gleidis Amorim de Azevedo, que conduzia o voo de parapente em que estava o empresário Luiz Bessa, de 34 anos, informou que o piloto tem curso para a prática do esporte. A Polícia Civil investiga as causas do acidente que terminou com a morte do empresário e aguarda o resultado da perícia técnica realizada no parapente para esclarecer se houve falha técnica ou se foi uma fatalidade.
De acordo com o advogado Siderson Vitorino, Gleidis tem mais de 10 anos de experiência no voo livre e, apesar de não ser associado a nenhuma federação ou entidade, é considerado habilitado. A Federação Capixaba de Voo Livre afirmou que ele não possui habilitação para atuar como instrutor.
O voo de parapente não exige nenhum tipo de cadastro. Precisa de habilidade com equipamento e do equipamento. O piloto tem curso de parapente, já voou em quase todas as rampas do Espírito Santo, várias vezes na Rampa do Urubu, disse Vitorino.
Ainda segundo o advogado, Gleidis contou que seguiu o protocolo de segurança necessário para o voo duplo, tendo ficado conectado ao passageiro por mais de 15 minutos quando já estavam em voo.
Testemunhas provam que o piloto saiu com o passageiro conectado. O passageiro decolou conectado, fez uma curva com o piloto, voando cerca de 200 metros. Fez outra curva para a direita, voando 800 metros, ainda conectado. E, de repente, aconteceu isso (queda), num lapso absurdo de segundos, explicou o advogado.
Siderson informou que também aguarda o resultado da perícia para entender o que causou o acidente.
O advogado explicou que o voo não era comercial, mas um passeio entre amigos. Gleidis e Luiz se conheciam há anos e, ainda segundo Siderson, o piloto está muito abalado e consternado com a fatalidade.
Luiz Bessa gravou um vídeo minutos antes do acidente. Ele era aluno de parapente e estava com Gleidis, piloto que atuava como instrutor. Na gravação publicada por ele no status de um aplicativo de mensagens Luiz repete diversas vezes que o local era "muito alto". Ele ainda escreveu na publicação: "Voo liberdade Rampa do Urubu".
O acidente aconteceu por volta das 11h de domingo depois que Luiz e Gleidis saltaram da Rampa do Urubu, em Viana. O Corpo de Bombeiros foi acionado e encontrou o corpo do empresário em uma região de mata.
Gleidis conseguiu pousar e não se feriu. A Polícia Civil informou que o piloto compareceu à Delegacia Regional de Cariacica espontaneamente, onde foi ouvido e liberado após prestar esclarecimentos.
O caso foi encaminhado para investigação no 18º Distrito de Polícia Civil, para uma melhor apuração dos fatos. Uma perícia técnica realizada no parapente deve esclarecer se houve falha técnica ou se o acidente foi uma fatalidade.
Com informação do G1 ES
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