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Justiça mantém proibição da pesca na foz do Rio Doce, no Norte do ES

Justiça mantém proibição da pesca na foz do Rio Doce, no Norte do ES

Interdição continua valendo por tempo indeterminado entre Barra do Riacho, em Aracruz, e Degredo, em Linhares, litoral Norte do Espírito Santo

Publicado em 15 de julho de 2020 às 15:23

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Os barcos dos pescadores continuam na água. Eles esperam poder voltar a pescar no Rio Doce, mas não sabem se isso vai acontecer
Barcos de Pesca no Rio Doce, Norte do Espírito Santo . (Leonardo Goliver)

Justiça Federal no Espírito Santo indeferiu o pedido da mineradora Samarco e manteve a proibição, por tempo indeterminado, da pesca de qualquer natureza, salvo a destinada à pesquisa científica, na região da foz do Rio Doce, entre a Barra do Riacho, em Aracruz, e Degredo, em Linhares, litoral Norte do Espírito Santo.

A ação, movida pelo Ministério Público Federal em fevereiro de 2016, destaca que a pesca na região impactada pelos rejeitos do desastre socioambiental causado pelo rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana (MG), pode aumentar os danos ao meio ambiente, trazer riscos à saúde da população e à sobrevivência da vida marinha.

Na decisão, a Justiça considerou que, “ao contrário do argumento de base invocado pela Samarco, não se extrai dessa manifestação oficial da Anvisa uma afirmação categórica quanto à segurança do consumo de peixes e crustáceos capturados na foz do Rio Doce e região costeira adjacente, depois de a área ter sido atingida pelos rejeitos da barragem de Fundão”.

A Justiça destacou, ainda, que a fiscalização quanto ao cumprimento da medida de interdição da pesca decretada, ainda provisoriamente, cabe ao Ibama, ao ICMBio e ao Iema, nos termos de suas respectivas atribuições.

A Reportagem de A Gazeta procurou a Samarco e também a Fundação Renova, em busca de um posicionamento sobre a decisão. Mas as instituições ainda não se manifestam sobre a determinação da Justiça Federal. Assim que as respostas chegarem essa reportagem será atualizada.  

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