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Publicado em 6 de fevereiro de 2022 às 20:10
Um golfinho foi encontrado morto preso em uma rede de pesca, na manhã deste domingo (6), perto da Ilha do Cachorro, em Vitória. O animal foi achado por um grupo de remadores de canoa havaiana que estava na região.>
A região é considerada uma Área de Proteção Ambiental (APA) e o uso de rede de pesca, utilizada por pescadores que a deixam durante todo o dia no mar e a retiram de madrugada, é proibida por lei. De acordo com o Projeto Pegada, a APA vai da Ilha do Frade até o final da Praia de Camburi, próximo à Vale. >
Even Aguiar, do Projeto Amigos da Jubarte e Golfinhos do Brasil, explica que o animal era um boto-cinza, da espécie Sotalia guianensis, que também pode ser chamado de golfinho. Ele estava boiando sem vida em uma área onde os outros botos nadavam. >
Golfinho morre preso em rede de pesca
Ela ressalta que os golfinhos são uma espécie mais oceânica e tem um porte maior, além de serem mais comuns em mar aberto. Por outro lado, o boto tem um porte menor.>
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“É muito comum encontrarmos botos aqui na costa, principalmente na região da mineradora. O Projeto Golfinhos analisa criar uma rota de observação de golfinhos na região devido ao grande número de animais”, explicou.>
Na região onde o animal foi encontrado havia outros botos que nadavam próximos às ilhas e praias da Capital. O corpo do mamífero foi levado para o CTA - Serviços em Meio Ambiente para ser verificada a causa da morte. >
A Secretaria de Meio Ambiente de Vitória (Semmam) informou que técnicos da pasta analisam a causa da morte do animal. Assim que a análise técnica for concluída haverá um novo pronunciamento, segundo a secretaria.>
Já a Polícia Militar Ambiental informou que realiza policiamento constante na Baía das Tartarugas e várias redes já foram apreendidas no local.>
As redes de pesca são ilegais e não podem ser usadas em Área de Proteção Ambiental. Os grupos que fazem o resgate dos animais dizem que também são encontradas arraias e tartarugas mortas pelo equipamento de pesca. Quem usa este tipo de equipamento está cometendo crime ambiental, previsto na Lei nº 9.687, de 5 de outubro de 2020. >
A diretora de comunicação do Projeto Pegada, Fabiana Franco, ressalta que redes de pesca, embarcações rápidas e lixo marinho podem representar grande risco a esses animais que nascem, se alimentam, se reproduzem e moram em regiões costeiras do Espírito Santo. >
Quem ver um animal marinho, vivo ou morto, deve chamar equipes técnicas para fazer o resgate. O contato pode ser feito pelo telefone 0800 039 5005. Os profissionais fazem a necropsia para identificar a causa da morte.>
“É necessário ter cuidado no resgate dos animais. Muita gente briga pela Amazônia, mas não pelo que acontece no mar”, alerta Fabiana. >
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