> >
Golfinho é encontrado morto na praia de Itaparica, em Vila Velha

Golfinho é encontrado morto na praia de Itaparica, em Vila Velha

De acordo com o gestor ambiental e gerente de projetos do Instituto Orca, João Marcelo Ramos Nogueira, o animal já estava em avançado estado de decomposição

Publicado em 5 de julho de 2021 às 21:32

Ícone - Tempo de Leitura min de leitura
Em Vila Velha
Golfinho é encontrado morto em Itaparica. (Leitor A Gazeta)

Um golfinho foi encontrado morto na praia de Itaparica, em Vila Velha, no final da tarde desta segunda-feira (05). De acordo com o gestor ambiental e gerente de projetos do Instituto Orca, João Marcelo Ramos Nogueira, o animal já estava em avançado estado de decomposição.

Segundo o especialista, o corpo do mamífero estava sendo levado conforme a maré, indo e voltando, até parar na areia, já por volta das 18h. "Ele não terminou de encalhar. Por duas vezes um dos nossos monitores, que esteve no local, viu o golfinho já morto ainda na água, na altura do joelho. No final do dia chegou a ficar no rasinho, voltou para a água e agora à noite que ele foi chegar totalmente na areia. Deve ter no mínimo 12 horas que está morto, deve ter vindo a óbito ontem (04) no fim do dia. E quando vai chegando na praia a rebentação maltrata a carcaça do animal", afirmou.

Nogueira explicou que quem faz o recolhimento do animal é a empresa CTA - Serviços em Meio Ambiente, que faz parte do Programa de Monitoramento de Praias da Petrobras. "Eles recolhem o animal e levam para o Instituto Orca, que é membro da rede de encalhes aqui no Estado. No instituto os veterinários fazem uma avaliação de qual foi a causa da morte e coletam material. Só depois disso podemos dar uma opinião sobre qual foi o problema do animal, depois de feita a necrópsia", acrescentou.

Os golfinhos são animais costeiros e este tipo de encalhe acontece o ano todo, de acordo com o gestor ambiental. "A espécie parece ser o 'Sotalia Guianensis', que é também conhecido como boto-cinza, mas só vamos ter a confirmação depois que o veterinário avaliar a carcaça, que está em decomposição adiantada", finalizou.

A título de curiosidade, no período de 1975 a setembro de 2015, de acordo com levantamento bibliográfico realizado por pesquisadores capixabas, baianos e da Fiocruz, foram registrados 461 encalhes de cetáceos (mamíferos aquáticos como golfinhos, botos e baleias), representando 20 espécies. A média encontrada foi de 1,18 encalhes por 100 km por mês desde que um programa de pesquisa diária de praias em todo o Estado foi implementado em outubro de 2010, contrastando com os 0,14 encalhes por 100 km por mês nos anos anteriores.

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais