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"Essa pode ser a pior fase da pandemia", diz Casagrande ao anunciar restrições

"Essa pode ser a pior fase da pandemia", diz Casagrande ao anunciar restrições

Em sua avaliação o governador considerou o número de pessoas contagiadas, de mortos pela doença e as dificuldades do sistema de saúde em atender estes pacientes

Publicado em 12 de março de 2021 às 20:46- Atualizado há 3 anos

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Governadores visitam o laboratório União Química nesta terça-feira, 02 de março.  O laboratório negocia com a Anvisa a fabricação da vacina russa Sputnik V.Foto: Mateus Bonomi/AGIF 02/03/202
Renato Casagrande foi bem claro ao destar que momento da pandemia é preocupante. (MATEUS BONOMI/AGIF/ESTADÃO CONTEÚDO)

A terceira fase da pandemia do novo coronavírus vivenciada no país é a pior, segundo o governador Renato Casagrande. A avaliação leva em consideração o número de pessoas contagiadas, de mortos pela doença e as dificuldades do sistema de saúde em atender estes pacientes. “Estamos vivendo o pior momento”, assinalou.

Embora no Espírito Santo os indicadores apontem que a situação esteja um pouco melhor do que a de outros estados, Casagrande lembra que um sinal de alerta vermelho foi aceso com o novo Mapa de Risco, que apontou 17 cidades em risco alto de contágio de Covid-19. Municípios que terão restrições nos horários do comércio escolas retornando às atividades remotas.  “É um alerta de perigo, de risco, que nós temos no Espírito Santo”, destacou.

Isto porque apesar de o Estado ter capacidade de atender os pacientes com leitos hospitalares, os indicadores da pandemia estão apresentando crescimento. “Não somos uma ilha e também estamos vivendo momentos de crescimento da pandemia em diversos indicadores”, apontou o governador.

Um dos indicadores destacados por ele é a taxa de contágio do novo coronavírus, que voltou a crescer, principalmente no interior do Estado, ultrapassando a marca de 1, quando uma pessoa pode contaminar mais de uma.

Outro fator apontado por ele é a taxa de internação em leitos hospitalares e que alcançou a marca de 84,5%. “Temos ainda 12 pacientes de outros estados internados em nossas UTIs, e se eles forem retirados dos cálculos, nossa ocupação de leitos vai para 82,8%. Há três semanas era de 66%, um crescimento de quase 20 pontos percentuais”, destacou.

E há ainda a Média Móvel de Óbitos dos últimos 14 dias. “Ela já está acima de 18”, assinalou o governador lembrando ainda de uma outra dificuldade: a pequena quantidade de vacinas que os estados vêm recebendo. “É preciso que compreendam que as vacinas vão chegar, mas em quantidades pequenas. Estamos tentando comprar, mas ainda não encontramos um fornecedor. Eles optam pelos governos centrais”, disse.

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SÓ ABERTURA DE NOVOS LEITOS NÃO RESOLVE, DIZ CASAGRANDE

Casagrande destacou ainda que novos leitos hospitalares, destinados aos pacientes com Covid-19 vão ser abertos, alcançado um total de 900 até abril. Mas afirma que só isto não irá resolver o problema e que ainda existe um limite técnico.

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É muito importante que a gente abra novos leitos, para oferecer um tratamento digno, mas tem limite porque faltam recursos humanos, equipamentos, insumos. Vários estados enfrentam dificuldades com oxigênio e medicamentos. O Espírito Santo é o Estado que mais abriu leitos per capta, mas não posso garantir que seja suficiente para fazer frente a demanda

Renato Casagrande
Governador
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Uma das soluções, apontou, é um trabalho conjunto, com a população abraçando a população, para evitar uma situação de colapso e de não atendimento digno, principalmente em um momento de crescimento do contágio e da presença de novas variantes do vírus.

"O momento exige que nós tenhamos envolvimento da sociedade, não queremos chegar na situação que outros Estados chegaram. Não posso e não consigo proteger a população capixaba sozinho. Preciso que cada um cumpra a sua tarefa e responsabilidade. Estamos tentando evitar uma situação de calamidade, ou de entrar em colapso, sem leitos de UTI”, disse.

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