Publicado em 7 de fevereiro de 2021 às 08:47
- Atualizado há 5 anos
Depois de receber 36 pacientes de Manaus, capital do Amazonas, o governo do Espírito Santo vai receber 15, neste domingo (07), pacientes de Rondônia para dar continuidade ao tratamento contra o novo coronavírus em solo capixaba. O acolhimento a esses pacientes acontece em função da atual situação de grave crise sanitária naquele estado, com registros de falta de leitos de UTI. >
O anúncio foi feito pelo governador Renato Casagrande, em uma rede social. "Nosso objetivo é salvar vidas e o Espírito Santo está sendo solidário em um momento de dificuldades de outros estados", ressaltou Casagrande. >
Procurada pela TV Gazeta, a Secretaria de Estado de Saúde de Rondônia informou que quatro pacientes serão encaminhados ao Espírito Santo ainda neste domingo O transporte será feito por dois aviões a disposição da central de regulação, um do Corpo de Bombeiros, e outro fretado. Todas as aeronaves tem capacidade para transporte de passageiros de UTI.>
Os outros pacientes serão transferidos aos poucos, diariamente, conforme liberação da regulação deles e também do estado de saúde de cada um. Todos são pacientes de UTI Covid em quadro grave. Não há previsão para o término da transferência.>
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Após a chegada ao Aeroporto de Vitória, os pacientes serão encaminhados de ambulâncias para o Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, na Serra. As transferências serão feitas por meio do serviço de UTI Aérea, contratado pelo Governo do Estado de Rondônia. O processo de regulação acontece em parceria entre as Secretarias de Saúde dos estados. >
“O Sistema Único de Saúde se organiza e se mobiliza para responder a esta grave crise sanitária que vivenciamos. Temos plenas condições de receber estes pacientes sem comprometer a garantia do acesso dos capixabas aos leitos Covid. Há 14 dias registramos no Estado uma queda da ocupação hospitalar. Estamos há uma semana com menos de 500 pacientes/dia internados”, informou o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes.>
Todos ficarão em leitos de UTI, passarão por avaliação médica e ficarão em setor separado, inclusive dos pacientes de Manaus. O Serviço de Assistência Social estará em constante monitoramento de evolução do quadro clínico com apresentação de boletins diários que serão por telefone e webconferência. >
No final da tarde deste domingo (7), a Secretaria de Estado de Saúde confirmou a chegada apenas de uma paciente, de 52 anos. Os outros 14 pacientes, de acordo com a nota, devem chegar "nos próximos dias". >
"A Secretaria da Saúde informa que recebeu, neste domingo, uma paciente do sexo feminino, de 52 anos, transferida do estado de Rondônia, para dar continuidade ao tratamento contra o novo Coronavírus (Covid-19) em solo capixaba. A previsão é que outros 14 pacientes sejam transferidos nos próximos dias. O acolhimento a esses pacientes acontece em função da atual situação de grave crise sanitária naquele estado, com registros de falta de leitos de UTI", diz o texto.>
A nota também atualizou o quadro de saúde dos pacientes de Manaus que seguem hospitalizados. Dos 30 que chegaram ao Estado, dois tiveram alta hospitalar. Seis encontram-se na UTI e 24 estão na enfermaria. A Sesa informou, ainda, que destes, 21 têm potencial para alta até o final desta semana. >
O retorno dos manauaras para casa, no entanto, depende do resultado de testes PCR. "Mesmo com a melhora clínica, a transferência dos pacientes de volta para Manaus está condicionada ao critério de testagem de RT-PCR negativo", pontuou a secretaria.>
Com o sistema de saúde pública colapsado e uma ocupação de 100% dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), o governo de Rondônia está transferindo, desde o último dia 25, dezenas de pacientes com Covid-19 para outros estados. >
Em uma operação intermediada pelo Ministério da Saúde e com o apoio das Forças Armadas, 50 pacientes deixam Porto Velho e foram para o Rio Grande do Sul no dia 26 de janeiro. Outros 13 foram transferidos para Curitiba, no Paraná. >
Além do avanço de casos no próprio estado, Rondônia também teve o seu sistema de saúde pressionado por pacientes de outros estados, principalmente do Amazonas, que vive uma situação de colapso. >
A escassez de leitos fez com que o governo do estado endurecesse as medidas restritivas para evitar a disseminação do novo coronavírus. >
No último dia 17 de janeiro, o Governo de Rondônia baixou um decreto fechando todo o comércio não essencial, instituindo toque de recolher das 20h às 6h da manhã. Também foi proibida a venda de bebidas alcoólicas no estado das 18h às 6h da manhã. >
Segundo o governador Marcos Rocha (PSL), a falta de médicos é atualmente o principal entrave para abertura de novos leitos de UTI no estado. >
Com informações da Agência Folha e Aurélio de Freitas>
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