Publicado em 24 de novembro de 2023 às 17:55
Histórias tristes, com famílias desoladas, e que se tornaram recorrentes em pouco mais de um mês. Aliás, os próprios números impressionam: da segunda quinzena de outubro para cá, ao menos três pessoas morreram após caírem de cavalos no Espírito Santo. O caso mais recente foi o do empresário Péricles Junior, de 31 anos, que se acidentou na semana passada e teve a morte cerebral constatada nessa quarta-feira (22).>
Segundo a tia do empresário, Nilce Marques, tudo aconteceu durante uma cavalgada noturna em Vila Velha, na última sexta (17). Péricles estava montado no animal por volta das 2 horas da madrugada, quando sofreu uma queda. >
Quem estava presente no local não soube dizer como, de fato, ocorreu o acidente, mas há a desconfiança de que ele possa ter batido a cabeça contra um meio-fio ou no joelho do cavalo. Ele ainda teria negado atendimento médico. >
Outro caso que chamou a atenção ocorreu em Pinheiros, no Norte do Estado. Uma jovem de 29 anos, identificada como Juliana Baldi, morreu após sofrer uma queda quando andava a cavalo em uma fazenda no município, em 14 de outubro. A vítima chegou a ser socorrida, mas faleceu no dia seguinte. >
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“Ela estava passeando em uma propriedade. O cavalo se assustou com alguma coisa, saiu correndo e ela não conseguiu segurar. Ela chegou a abraçar o cavalo, mas acabou caindo”, relatou Mauro Rossoni, cunhado da jovem, em entrevista ao repórter Cristian Miranda, da TV Gazeta Norte.>
Poucos dias depois, em 29 de outubro, uma mulher de 53 anos morreu após se desequilibrar e cair quando voltava de um passeio a cavalo entre os bairros Central Carapina e Jardim Tropical, na Serra.>
Uma testemunha contou à Polícia Militar que estava de moto, acompanhando um grupo de amigos que voltava de um passeio a cavalo, quando o animal em que a vítima estava acelerou. Foi neste momento que a mulher caiu no chão e morreu no local. O nome dela não foi divulgado. >
Segundo o neurocirurgião Thiago Lyrio, muitos são os fatores que podem levar uma pessoa a óbito após cair do cavalo. Uma delas é o "chacoalhamento" do crânio, que provoca lesões no cérebro. "Outra possibilidade é ter uma fatura na coluna cervical, que impacta no tronco encefálico – uma região que controla os sinais vitais", disse.>
O especialista também cita a possibilidade do indivíduo ficar com os pés presos no estribo. Nesse caso, assim que o animal começar a andar ou até mesmo correr, a vítima pode sofrer com consecutivos impactos no solo, em um período muito curto. "Isso sem contar que nesses ambientes podem ter pedras; coisas que tornam a pancada ainda mais grave", avaliou.>
E o que fazer em uma situação como essa? >
Thiago Lyrio aconselha que, mesmo se o indivíduo apresentar nenhum ferimento externo, deve procurar atendimento médico o mais rápido possível. >
"Se tiver dor de cabeça, vômito, ficar desacordado por um tempo, esquecer das coisas ou não reconhecer as pessoas, crise convulsiva, é preciso ir ao médico urgentemente. Em casos como esse, qualquer minuto conta", avaliou o neurocirurgião.>
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