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Publicado em 26 de abril de 2021 às 07:14
O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) informou que vai solicitar à Defesa Civil de Vila Velha, ao condomínio do Edifício Parador e à Construtora Argo um laudo técnico de engenharia conclusivo que mostre a segurança para o retorno dos moradores do local após a piscina do prédio desabar na noite da última quinta-feira (22), na Praia de Itaparica, em Vila Velha. >
A solicitação foi informada pela entidade por meio de comunicado emitido neste domingo (25). Nele, o Crea-ES afirma que também vai pedir as Anotações de Responsabilidade Técnica (ARTs) dos laudos técnicos realizados. >
“Para um acidente como esse, que poderia ter sido trágico e provocado vítimas fatais, não podemos conceber uma análise apenas baseada em parecer técnico. Um parecer técnico não apresenta provas, é apenas uma opinião, um esclarecimento técnico. Precisamos de um laudo realizado por profissional habilitado, que irá observar, descrever e avaliar de forma fundamentada, com apresentação de evidências, a real situação do imóvel”, disse Jorge Silva, presidente do Crea-ES.>
A solicitação do Crea vem após uma divergência da entidade com a decisão da Defesa Civil de Vila Velha, que havia permitido o retorno gradativo das pessoas desde que a área afetada estivesse isolada. A autarquia federal, inclusive, havia classificado esta medida como um "ato irresponsável", considerando que os serviços precisam ser realizados com o máximo de segurança e a presença de pessoas poderia interferir nesse aspecto. O Conselho estipulou a próxima terça-feira (27) como uma data segura para o retorno dos moradores aos apartamentos.>
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Neste fim de semana, equipes do Crea estiveram no local monitorando o trabalho realizado pela construtora. Segundo a entidade, já foi concluída a desobstrução da rota de fuga, utilizada em caso de incêndio. Com esse trabalho, já foi possível que alguns carros que estavam presos na garagem pudessem sair. >
“Estivemos neste domingo acompanhando os serviços que estão sendo realizados pela empresa no local. Já detectamos, por exemplo, a conclusão da desobstrução da rota de fuga, prevista para ser utilizada em caso de incêndio. O trabalho possibilitou, inclusive, a saída de alguns carros que ainda permaneciam presos na garagem”, afirmou Jorge Silva.>
A reportagem entrou em contato com a Defesa Civil de Vila Velha. A matéria será atualizada assim que houver o retorno. >
Procurada pela reportagem, a Argo Construtora se posicionou por meio de nota. Confira a resposta da empresa:>
A Argo Construtora destaca que prestou e mantém toda a assistência necessária às famílias do prédio, além de colaborar com as autoridades e órgãos competentes. Também reforça que não houve feridos. >
Na última quinta-feira, a desocupação das torres, orientada pela Defesa Civil, foi uma iniciativa preventiva, até que todas as avaliações necessárias fossem realizadas. A empresa se prontificou de imediato em arcar com todos os custos dos moradores com hotel e afins, visando que essa situação seja vencida com o menor impacto possível. >
A Defesa Civil emitiu parecer no sentido de que a estrutura da edificação não foi abalada pelo incidente, corroborando com o laudo emitido pelo engenheiro calculista, permitindo com isso o retorno dos moradores aos seus apartamentos.>
O retorno acontecerá até terça-feira (27/04), a fim de resguardar a segurança dos moradores, evitando possíveis aglomerações e alto fluxo de prestadores de serviço nesse momento de pandemia. Nesse período a Argo vai continuar a arcar com as despesas de hotel, aluguel de carros e afins.>
Desde o incidente, todo o entulho foi retirado e a limpeza foi realizada. A região do ocorrido foi devidamente isolada e as saídas de emergência foram mantidas e sinalizadas. O gás foi restabelecido desde o dia 23/04, com base em teste de estanqueidade. O fornecimento de energia e abastecimento de água operam normalmente.>
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