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Aço da piscina não estava preso, diz Crea após vistoria em prédio na Praia de Itaparica

Aço da piscina não estava preso, diz Crea após vistoria em prédio na Praia de Itaparica

Equipes do Crea-ES e da Defesa Civil de Vila Velha realizaram vistoria em prédio onde piscina desabou na noite desta quinta-feira (22), em Vila Velha

Publicado em 23 de abril de 2021 às 08:43

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Equipes do Crea-ES e Defesa Civil fazem vistoria em prédio onde piscina desabou em Vila Velha
Equipes do Crea-ES e Defesa Civil fazem vistoria em prédio onde piscina desabou em Vila Velha. (Fernando Madeira)

Uma equipe do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) realizou a primeira vistoria no edifício onde uma piscina desabou sobre a garagem na Praia de Itaparica, Vila Velha, na noite desta quinta-feira (22). De acordo com o órgão, a primeira análise mostrou que o aço que evita o fundo da piscina ceder não estava preso.

A informação foi passada pelo gerente de fiscalização do Crea-ES, Leonardo Leal, em entrevista à TV Gazeta. Segundo ele, a primeira análise identificou que não existia o chamado “engastamento”.

Gerente de fiscalização do Crea-ES, Leonardo Leal, em entrevista à TV Gazeta
Gerente de fiscalização do Crea-ES, Leonardo Leal, em entrevista à TV Gazeta. (Fernando Madeira)

“Na nossa pré-análise, constatamos que não existia engastamento entre o fundo da piscina e a viga. Já solicitamos o projeto para a construtora, que irá encaminhar para fazermos uma análise melhor”, disse.

Segundo Leal, engastamento é o aço que passa pela piscina e se prende a uma outra estrutura. Ele explica que existia o aço, mas que ele não estava preso.

“O engastamento é o aço. O aço é uma força de tração e o concreto é a compressão. Como o aço é a tração, ele passa pela laje e fica preso a uma outra estrutura. Isso evita que o fundo possa ceder. Não estava preso. Existia o aço, mas não estava preso”, explicou.

Equipes do Crea-ES e Defesa Civil fazem vistoria em prédio onde piscina desabou em Vila Velha
Equipes do Crea-ES e Defesa Civil fazem vistoria em prédio onde piscina desabou em Vila Velha. (Fernando Madeira)

Perguntado se o que aconteceu foi um erro, o engenheiro afirmou que todo desabamento ou colapso de estrutura tem origem em um erro de projeto ou de execução. No entanto, o órgão já solicitou o projeto à construtora e irá fazer uma análise mais aprofundada da estrutura.

“Sempre que acontece um desabamento ou colapso da estrutura existe um erro. Erro de projeto ou de execução. Ainda não podemos afirmar, pois não temos o projeto. Quando chegar em nossas mãos, vamos fazer uma análise mais aprofundada”, destacou.

Além do Crea-ES, a Defesa Civil de Vila Velha realiza uma força-tarefa para fiscalizar todo o local durante a manhã, como afirmou ainda na noite desta quinta (22) o coordenador adjunto do órgão municipal, Afonso Belenda.

"Temos o período da manhã para nos reunirmos com outros engenheiros da Defesa Civil de Vila Velha, da Defesa Civil Estadual e junto com os engenheiros da empresa responsável pela construção vamos fazer uma força-tarefa para percorrer toda essa área, fiscalizando com a planta e com os pontos-chave para ter a certeza que esteja tudo resolvido", disse.

PISCINA DESABOU

A piscina do edifício Parador, no bairro Itaparica, em Vila Velha, desabou sobre a garagem do prédio, na noite desta quinta-feira (22), por volta das 22h. Ninguém ficou ferido. Os moradores desocuparam os apartamentos e evacuaram o local, pois o gás e a água do condomínio foram cortados.

Piscina do Edifício Parador em foto divulgada no site da construtora
Piscina do Edifício Parador em foto divulgada no site da construtora. (Divulgação/Argo)

O QUE DIZ A CONSTRUTORA

O edifício Parador foi entregue pela construtora Argo em 2018. Demandada pela reportagem, a construtora informou, por meio de nota, que "está prestando a assistência necessária às famílias do prédio, além de colaborar com as autoridades e órgãos competentes para apurar as causas. Também reforça que não houve feridos".

Na manhã desta sexta (23), em novo contato com a reportagem, a construtora completou, informando que "a desocupação das torres, orientada pela Defesa Civil, é uma iniciativa preventiva neste momento, até que todas as avaliações necessárias sejam realizadas. A empresa se prontificou de imediato em arcar com todos os custos de hotel aos moradores".

Com informações de Daniela Carla, da TV Gazeta

Funcionários da construtora chegaram ao prédio na manhã desta sexta-feira (23)(Fernando Madeira)

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