> >
Vídeo mostra momento em que piscina desaba em prédio de Itaparica, Vila Velha

Vídeo mostra momento em que piscina desaba em prédio de Itaparica, Vila Velha

Os moradores foram orientados pelo Crea-ES a deixarem os apartamentos até que intervenções por parte da construtora sejam realizadas. Segundo a Defesa Civil, a saída dos moradores das unidades foi solicitada para garantir maior segurança

Publicado em 23 de abril de 2021 às 18:01

Ícone - Tempo de Leitura min de leitura
Piscina do Edifício Parador em foto divulgada no site da construtora
Piscina do Edifício Parador em foto divulgada no site da construtora. (Divulgação/Argo)

Registros extraídos das câmeras de segurança mostram o momento exato do desabamento da piscina do edifício Parador Residence, no bairro Itaparica, em Vila Velha, ocorrido na noite desta quinta-feira (22).  As imagens foram confirmadas por duas moradoras e pela assessoria da  construtora Argo. 

A piscina do edifício Parador, no bairro Praia de Itaparica, em Vila Velha, desabou sobre a garagem do prédio, na noite desta quinta-feira (22), por volta das 22h. Ninguém ficou ferido. Os moradores desocuparam os apartamentos e evacuaram o local, por questões de segurança. O gás e a água do condomínio foram cortados.

PRÉDIO DE LUXO

Entregue em abril de 2018 pela construtora Argo, o edifício, localizado na orla de Itaparica, destaca-se no setor segundo especialistas em corretagem de imóveis. Atualmente, uma unidade no local não sai por menos que R$ 1 milhão, como constatado em buscas em sites especializados e checado com corretores.

No detalhamento da construtora Argo, que possui outros empreendimentos na região, o Parador Residence é descrito como um prédio de alto padrão, que conta com resort spa e acabamento luxuoso. As plantas são diversificadas e variam entre 112 a 201 m². Dependendo da unidade, o valor pode facilmente ultrapassar o preço médio de R$ 1 milhão, de acordo com Letícia Rody, CEO da empresa própria especializada em imóveis de luxo em Vila Velha.

Apesar dos recursos que o prédio oferece, devido ao incidente, os moradores foram orientados pelo Crea-ES a deixarem os apartamentos até que intervenções por parte da construtora sejam realizadas. Segundo a Defesa Civil, a saída dos moradores das unidades foi solicitada para que os trabalhadores executem os serviços com maior segurança.

O QUE DIZ A CONSTRUTORA ARGO

A Argo Construtora informou, por nota, que prestou e mantém toda a assistência necessária às famílias do prédio, além de colaborar com as autoridades e órgãos competentes. Também reforçou que não houve feridos.

Segundo a construtora, a desocupação das torres na quinta-feira, orientada pela Defesa Civil, foi uma iniciativa preventiva, até que todas as avaliações necessárias fossem realizadas. "A empresa se prontificou de imediato em arcar com todos os custos dos moradores com hotel e afins, visando que essa situação seja vencida com o menor impacto possível", completa a nota.

A Argo afirma ainda que "a Defesa Civil emitiu parecer no sentido de que a estrutura da edificação não foi abalada pelo incidente, corroborando com o laudo emitido pelo engenheiro calculista, permitindo com isso o retorno dos moradores aos seus apartamentos. O retorno acontecerá até terça-feira (27/04), a fim de resguardar a segurança dos moradores, evitando possíveis aglomerações e alto fluxo de prestadores de serviço nesse momento de pandemia. Nesse período a Argo vai continuar a arcar com as despesas de hotel e afins".

O QUE DIZ O CREA

Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES)  realizou a primeira vistoria no edifício Parador na manhã desta sexta-feira (23). Os engenheiros informaram que recomendariam à Defesa Civil Municipal para que não liberassem o retorno dos moradores. Eles saíram do prédio por uma questão de segurança. A rede de gás e água do edifício foi desligada após o desabamento da piscina. De acordo com o órgão, a primeira análise mostrou que o aço que evita o fundo da piscina ceder não estava preso.

De acordo com o gerente de fiscalização do Crea-ES, Leonardo Leal, a recomendação é que o prédio continue evacuado, pois o desabamento afetou o piso do subsolo e as colunas do prédio. 

Segundo Leal, um projeto de reforço deverá ser providenciado e executado pela construtora para que os moradores possam voltar aos apartamentos. “O Crea vai acompanhar e cobrar para que a construtora faça o projeto de reforço o mais rápido possível e que também execute o reforço para os moradores voltarem”, explicou.

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

Tags:

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais