Publicado em 30 de novembro de 2020 às 21:39
No penúltimo mês do ano, a sensação é de déjà-vu: o número de casos confirmados do novo coronavírus e de óbitos em decorrência dele aumentaram no Espírito Santo. Apenas em novembro, foram registradas mais 424 mortes o que representa um crescimento de 36,7% em relação a outubro. >
Diante da já longa pandemia, é importante ressaltar que essa foi a primeira vez que a quantidade de vidas perdidas voltou a subir, desde o pico em junho. Depois de cinco quedas consecutivas, o número total de novembro é também maior que o de setembro, quando foram divulgadas 387 mortes.>
Vale lembrar que todos os dados utilizados nesta reportagem por A Gazeta consideram as atualizações diárias do Painel Covid-19, feitas pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesa). Desde o início de abril até esta segunda-feira (30), o Espírito Santo já registrou mais de 4 mil mortes, exatas 4.279. >
Para se ter noção da grandeza desse número, de acordo com o Portal de Transparência do Registro Civil, a pandemia já é responsável por cerca de 20% de todas as mortes do Estado. Na semana passada, a interrupção da queda desses óbitos era visto como um sinal de alerta pelo Governo Estadual.>
>
Além do aumento no número de mortes, novembro trouxe um incremento bastante significativo na quantidade de casos confirmados do novo coronavírus no Espírito Santo: foram 34.280 pessoas infectadas cerca de 10 mil a mais que outubro, representando um crescimento de 41,4%. >
Aliás, este mês só ficou atrás de julho, quando 36.399 diagnósticos positivos foram divulgados. No entanto, nessa comparação, é importante considerar a ampliação da testagem a partir de setembro, na qual todas as pessoas com suspeita de Covid-19 eram testadas, assim como os respectivos contatos domiciliares.>
Na coletiva de imprensa desta segunda-feira (30), o secretário de Saúde Nésio Fernandes admitiu que o Estado vive uma segunda fase de expansão da pandemia, com impactos na quantidade de pessoas internadas nos hospitais da rede pública e, consequentemente, na de vidas perdidas. >
Embora tenha garantido que ainda não há uma "grande pressão por assistência médica", ele adiantou que a Sesa vai fazer uma nova expansão de leitos e que, independentemente disso, o agravamento da situação já é "suficiente para reconhecer a importância de medidas sociais e sanitárias".>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta