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Número de mortes parou de cair no ES e é sinal de alerta, diz Casagrande

Número de mortes parou de cair no ES e é sinal de alerta, diz Casagrande

Em pronunciamento, governador Renato Casagrande destacou que a média móvel de óbitos está em 11,29. "Mas já estivemos em oito", comparou

Publicado em 18 de novembro de 2020 às 20:08

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Cemitério de Santo Antônio
Cemitério de Santo Antônio: número de mortes por Covid-19 no Estado parou de cair. (Ricardo Medeiros)

O número de óbitos de Covid-19 no Espírito Santo deixou de reduzir, o que é um sinal de alerta, assinalou o governador Renato Casagrande em pronunciamento na tarde desta quarta-feira (18). Ele destacou que o Espírito Santo, no auge da pandemia, chegou a registrar, em uma média móvel de 14 dias, cerca de 40 óbitos. Nos últimos sete dias, este mesmo indicador marcou um total de 10,71 mortes e,  em 14 dias, foram 11,29.

Mas nos últimos meses, após um controle maior da doença, o número de óbitos estava em queda, tendo chegado a marca de 8 em uma média móvel de 14 dias. “Não tivemos um crescimento de óbitos grande, mas qualquer pessoa que perde a vida nos preocupa muito. Como deixamos de ter queda de óbitos, é um sinal de alerta para nós", disse Casagrande.

Número de mortes parou de cair no ES e é sinal de alerta, diz Casagrande

Além das mortes, o governador destacou o aumento do contágio, com um número maior de infectados ativos pelo novo coronavírus, e que isto tem pressionado o sistema de saúde, com aumento da ocupação de leitos de UTI e de enfermaria destinados à Covid-19.

"Não pode ser comparado com a fase mais aguda da doença, em maio, junho, julho. Hoje temos um aumento leve, mas um aumento. Isso pressionou um pouco o sistema de saúde. Chegamos a 48% de ocupação dos leitos potenciais. Hoje estamos em 46%. Mas, se passa de 50% de ocupação, a matriz de risco muda", observou o governador.

Ele se refere aos parâmetros utilizados para definir a situação dos municípios, que podem ir de risco baixo a risco extremo. Um nível que estabelece ainda as medidas restritivas que podem ser adotadas para cada uma destas etapas.

E paralelo às internações pela Covid-19, o sistema de saúde também sofre com o aumento de hospitalizações decorrentes de outras doenças, como as respiratórias em crianças, e até os traumas resultantes de acidentes de trânsito e da violência urbana.

Antes do pronunciamento, os dados foram repassados em reunião virtual, realizada na tarde desta quarta-feira (18), a representantes de diversos setores, entre os quais Defensoria Pública, Tribunal de Justiça do Estado, Assembleia Legislativa,  Ministério Público Estadual, Tribunal de Contas do Estado, entidades do setor produtivo, da Igreja Católica e da Evangélica, e da Associação dos Municípios do Espírito Santo (Amunes).

VERÃO DIFERENTE

Além de apresentar indicadores referentes à evolução da Covid-19 no Estado, Casagrande destacou que, apesar de ainda não estarmos vivendo uma segunda onda, os cuidados para o controle da doença não podem ser esquecidos. “Eu espero que a gente consiga, com a colaboração de todos, controlar a doença. Mas é bom que registre que, nos últimos meses, a interação entre as pessoas aumentou", disse o governador.

Observou que ainda não é possível dizer quando a vacina estará disponível e, que até lá, é preciso manter os protocolos sanitários. "Então, o que nós estamos pedindo hoje é que continuem com os cuidados. Não com o isolamento. O isolamento é para pessoas de risco. Mas os cuidados com o uso de máscara, da higienização, do distanciamento, da não aglomeração. Esse é o único caminho que temos agora. A vacina não chegou ainda", reforçou Casagrande.

Uma preocupação crescente é com o aumento da aglomeração e os riscos que este tipo de situação impõe, principalmente com a chegada do verão. "Vamos enfrentar um verão que precisa ser diferente dos outros. Porque normalmente é uma época de aglomeração maior, de interação maior. Precisamos continuar com os cuidados."

Em decorrência do aumento dos riscos, Casagrande informou que vai anunciar, nesta sexta-feira (20), mudanças nas medidas aplicadas aos setores, com um aumento das restrições. “ Vamos ter uma menor restrição para os ambientes que têm controle, e aumentar as restrições para os que têm menos controle, onde as pessoas não usam máscara e aglomeram. E vamos pedir a colaboração de todo mundo", adiantou.

O governador ressaltou ainda que o momento ainda é necessário seguir os protocolos sanitários. “Se não seguirmos os protocolos, nós não teremos condições de controlar a doença. Eu vejo muitas aglomerações. Às vezes, as pessoas não se preocupam muito porque são jovens, mas a doença não escolhe. Às vezes, a pessoa jovem é muito vulnerável e aquela que tem resistência pode passar para pessoas de mais idade da família e amigos", sustentou Casagrande.

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