> >
Coronavírus no ES: mais de 90% dos mortos são do grupo de risco

Coronavírus no ES: mais de 90% dos mortos são do grupo de risco

Até esta segunda-feira (13), o Estado registrou 17 óbitos em decorrência do contágio pelo novo coronavírus

Publicado em 14 de abril de 2020 às 16:40

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Doente - Paciente terminal no leito: cuidados paliativos se tornam uma opção para evitar sofrimento
Diabéticos, hipertensos, asmáticos e outros portadores de problemas de saúde estão no grupo de risco. (Shutterstock)

A vulnerabilidade de quem possui alguma doença crônica ou é idoso sempre recebe maior atenção de médicos, especialistas em saúde e do Ministério da Saúde quando se trata de coronavírus. Diabéticos, hipertensos, asmáticos e outros portadores de problemas de saúde possuem maior probabilidade de terem Covid-19 de forma mais grave, levando à morte. No Espírito Santo, a maior parte dos pacientes que morreram integrava o grupo de risco.

Dos 17 registros de morte até a noite de segunda-feira (13),  94% possuíam pelo menos um fator de risco.  Dez vítimas eram idosas, sendo que pelo menos três delas  já sofriam com uma doença pré-existente, fato chamado de comorbidade, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (Sesa).  Cinco deles viviam em uma casa de repouso, em Vitória

"Isso está acontecendo no mundo inteiro, não apenas no Brasil. As pessoas mais velhas e portadores de doenças crônicas são mais suscetíveis a ter o coronavírus com complicações devido à baixa imunidade que possuem", explicou o infectologista Lauro Ferreira Pinto.

Porém, o médico alerta que até mesmo quem tem saúde boa pode apresentar um quadro grave da doença, como no caso do funcionário da Prefeitura da Serra, Dennis Mageski, 37 anos.   A família dele disse que Denis era saudável, havia parado de fumar há três anos e não tinha doenças crônicas. A Sesa, porém, informou que ele tinha comorbidade, mas não apontou qual. 

"Existem pacientes com saúde boa,  jovens, que estão fora do grupo de risco,  que chegam a falecer. Essa é a razão para que todos tenham cuidado. Ainda não sabemos explicar isso,  são pessoas que  vem com quadro não tão grave, mas que tem uma piora súbita.  Há um choque, um colapso respiratório e  alteração cardíaca grave que leva à morte. O encontro entre o vírus e o corpo humano varia de pessoa para pessoa", pontuou Lauro Ferreira. 

Outro dado que chamou atenção é que sete vítimas tinham obesidade, que também é fator de risco.  Do grupo de obesos, somente um tinha mais de 60 anos e três também eram hipertensas.  

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais