Repórter / anunes@redegazeta.com.br
Publicado em 16 de junho de 2022 às 19:08
Desde o início da pandemia, profissionais de saúde e autoridades sanitárias falam que, por ser a Covid-19 uma doença nova, muitos conhecimentos são adquiridos na prática. É o caso agora dos testes para detecção do Sars-Cov-2 (coronavírus) no organismo. Se antes a orientação era aguardar alguns dias do início dos sintomas gripais para fazer o exame diagnóstico, hoje recomenda-se até fazer no primeiro dia, ao menor sinal de infecção, como tosse, coriza e irritação de garganta.
A mudança no protocolo para o enfrentamento à doença é resultado de uma constatação de que nos sintomas iniciais já é possível identificar o vírus no organismo.
Durante os atendimentos clínicos, o infectologista Lauro Ferreira Pinto orienta os pacientes a fazer o teste já no dia seguinte aos primeiros sintomas. "Não precisa esperar mais. Quanto mais tempo sem diagnóstico, se a pessoa estiver infectada, maior risco de contaminar outras. Se começou sintomas hoje, já faço teste no dia seguinte. Até porque, como a Ômicron é muito mais contagiosa, é mais fácil encontrar o vírus na secreção", explica.
O subsecretário estadual de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, ressalta que os testes são fundamentais no processo de controle da Covid-19 porque, ao se confirmar o diagnóstico positivo, o paciente é encaminhado ao isolamento e, assim, se restringe a circulação do vírus e disseminação da doença.
Reblin reforça que não é preciso aguardar para fazer o exame quando os sintomas aparecem e, mesmo se a pessoa não apresenta sinais gripais, mas se vê diante de alguma situação em que deseje fazer o teste, as unidades de saúde devem atendê-la. "Até porque grande parte das pessoas que têm Covid não apresentam sintomas. Então, não é preciso ter para fazer o teste. É isso que faz diminuir a transmissão: testar e isolar."
Sobre os testes mais indicados em cada caso, o subsecretário esclarece que na rede pública o PCR é, em geral, direcionado a grupos específicos, como internados sem resultado positivo, pessoas com comorbidades e grávidas. Reblin diz que, se fosse usar esse modelo em todos os perfis, não haveria testes suficientes no país. "Assim, o teste de antígeno, que tem uma sensibilidade muito alta, é importantíssimo para atender a grande massa da população."
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